SOBRE A "CULTURA DO ESTUPRO"

Uma das asneiras mais propagadas pela Esquerda nos últimos tempos diz respeito à existência de uma suposta “Cultura do Estupro”, que explicaria os casos de violência sexual sofridos por mulheres no Brasil e em outros países. Isso é uma fraude ideológica absurda por uma razão muito simples: em NENHUMA sociedade ocidental, ao longo de milênios de história, a prática do estupro foi vista como tolerável ou moralmente aceitável. Diante desse fato, convém ressaltar que, para algo ser considerado parte integrante da CULTURA de um povo ou de uma nação, é necessário que isso seja tolerado e aceito pela imensa maioria de seus membros. O estupro, por razões óbvias, JAMAIS foi encarado com tolerância ou de modo complacente por nossas sociedades. Pelo contrário, foi sempre visto como algo abominável – e imperdoável – pela absoluta maioria da população. De fato, nem mesmo entre os indivíduos que escolhem viver à margem da sociedade e de suas leis – bandidos, assassinos e criminosos de todo tipo – o estupro é merecedor de maior condescendência: basta lembrar o que acontece com estupradores quando vão parar na cadeia.

Assim sendo, racional e antropologicamente falando, é rigorosamente impossível – além de ser uma imbecilidade vexatória – dizer que no Brasil (ou em qualquer outro país do Ocidente) o estupro é uma “prática cultural” socialmente aceita, isto é, que há por aqui uma “Cultura do Estupro” que induziria os indivíduos a tais práticas hediondas. Estupros ocorrem, em resumo, porque a natureza humana é falha e traz em si propensão tanto para o bem quanto para o mal. De fato, em qualquer sociedade (ou cultura), por mais desenvolvida e civilizada que seja, haverá sempre uma parcela ínfima de seres desajustados e perversos capazes de cometer os mais horrendos e revoltantes crimes – como é o caso, por exemplo, do estupro. As atitudes desses sociopatas, no entanto, não devem obviamente ser tomadas como representativas da cultura do meio social em que estão inseridos.

Apelar para o discurso da “Cultura do Estupro” é, por fim, uma forma detestável de diluição da culpabilidade: quando uma mulher é estuprada, a culpa pelo ato não deve ser diluída e atribuída à sociedade (esse conceito vago, abstrato e intangível); a culpa é do INDIVÍDUO que, agindo por conta própria e guiando-se por seu livre-arbítrio, a estuprou. ELE é quem deve ser punido – até mesmo porque não há como punir uma “cultura” ou uma “sociedade”, dada a vagueza de tais conceitos. Insistir em campanhas esdrúxulas contra a “Cultura do Estupro” é, portanto, uma ação inócua e ridiculamente contraproducente. Se você realmente deseja fazer algo concreto pela segurança das mulheres, não perca tempo com bobeiras e trocando o filtro do Facebook: mobilize-se para exigir leis e punições mais severas aos celerados que atentam contra elas. Precisamos lutar, enfim, pelo fim da cultura da IMPUNIDADE: esta sim é uma luta urgente e extremamente necessária.