MANIFESTO À PATERNIDADE

É notável quando a mulher será mãe, seu corpo se transforma, e conseqüentemente, diante de todos, ela expõe sua “maternidade”, independente de sua classe social, idade, profissão, se deseja o filho, se está pronta para ser mãe. E de uma maneira ou de outra, sua vida não apenas biológica, mas em todos os aspectos muda em função de sua nova condição. Após o nascimento, o filho precisará de todos os cuidados, dos quais os principais continuarão a vir da mãe, o alimento, o regaço materno, além de seu tempo, sua voz, seu cheiro, seu toque, sua presença..., mantendo uma dependência vital deste incrível ser.

Dependência esta que permanece até para tirar e comprovar documentos é solicitado o nome da mãe, como o CPF e o título de eleitor.

Mas existe um outro ser que apesar dos avanços tecnológicos da biogenética e dos relacionamentos ilícitos da sociedade, é de extrema importância quanto uma mãe conforme meus princípios ético-cristãos, o ser paterno. Essa figura que até Deus quis também ter um e ser de todos, PAI.

Aqui manifesto, em nome de todos os pais, sua presença e responsabilidade na criação de seus filhos. De seus nomes serem clamados por seus filhos nos gritos de choro, cólicas, fome, sede, e medo na calada da noite (sejam quando crianças ou adultos), nos apelos de defesa e proteção, nas solicitações de conselhos e de consolos, nas contações de histórias e embalos de rede antes de dormir. De levar os filhos ao colégio, participar das festinhas dos coleguinhas e ouvir as reclamações dos professores. De pagar mico quando o filho aprontar um escândalo de choro ou de incontinência urinária na frente de desconhecidos ou em plena missa. De verificar o dever de casa tarde da noite e ter que providenciar aquele material extra que a escola pediu de véspera. De acompanhar o filho na enfermaria ou na UTI quando estiver internado. De pagar a pensão alimentícia sem ser pressionado pelo juiz. De ser reconhecido nos documentos de identificação de seu filho, independente de exames de DNA.

Reivindico, por fim, dos pais serem pais e assumirem seus filhos, e nunca se esquecerem deles, mesmo que tenham constituído outra família. Mesmo que não se sintam os melhores pais do mundo. Mesmo que nunca tenham tido um pai como um exemplo a seguir.

Eclesia
Enviado por Eclesia em 12/08/2007
Reeditado em 12/08/2007
Código do texto: T603452