A ITÁLIA SE REBELA - e como a mídia noticiará o fato

Nas eleições italianas, partidos e movimentos anti-establishment de cunho euro-cético conquistaram posições importantíssimas, sagrando-se os grandes vencedores do pleito eleitoral. Isso provoca uma reviravolta no cenário político local, tendo ainda repercussões significativas no amplo contexto da União Europeia: tais partidos e movimentos, atendendo a legítimas reivindicações populares, rejeitam a ingerência que a referida organização internacional - hoje formada por uma elite burocrática anti-democrática - pretende exercer nos assuntos internos dos países membros. Isto é, posicionam-se a favor do povo italiano e contra a intromissão da União Europeia nas questões prementes de ordem interna. Isso inclui, por exemplo, as questões imigratórias: enquanto a União Europeia - entidade ideologicamente orientada, que pauta suas ações na agenda político-cultural da Esquerda contemporânea - quer impor aos países do bloco a abertura irrestrita de suas fronteiras a toda e qualquer onda imigratória, em muitos desses países já surgem reações contrárias a essas incautas medidas - as quais, na prática, mostraram-se desastrosas, sobretudo em se tratando da imigração em massa de muçulmanos.

A Itália, enfim, junta-se a países como a Polônia, a Áustria, a Hungria e o Reino Unido para engrossar o coro das nações que se revoltam contra o autoritarismo prepotente da União Europeia e dos burocratas de Bruxelas; nações que preferem defender suas respectivas soberanias nacionais a ter de se submeter ao nefasto projeto de poder globalista, encarnado na UE; que, em suma, querem governar-se a si mesmas ao invés de serem governadas por organismos supra-nacionais que impõem decisões de cima para baixo, sem respeitar a vontade do povo.

É claro que, na grande mídia, o resultado das eleições na Itália será noticiado como a ascensão da "extrema-direita" e do "populismo", não faltando aqui e ali insinuações esdrúxulas que buscarão ligar isso tudo a um suposto ressurgimento do nazi-fascismo no continente. É natural, porém, que assim seja: a grande mídia, como parte do establishment, haverá sempre de tratar dessa maneira aqueles que contra ele se rebelam.