MUDANÇA DE HÁBITOS

MUDANÇA DE HÁBITOS

Fizeram um filme com esse título e a protagonista teve que se ocultar num convento, vestida de freira, para fugir aos assassinos que a queriam eliminar para não testemunhar contra eles.

Se isso foi idealizado por alguém e levado às telas daquela maneira, a realidade dessas mudanças de hábitos é bem outra.

Outrora a mulher se revestia de maneira global e aos poucos a mudança de hábito foi se operando e aquela blusa, que cobria desde o pescoço até abaixo da cintura, foi se encolhendo, de um lado, na parte de baixo, deixando até o umbigo à mostra e de outro, o decote, cada vez mais ousado, quase se tornando um top-less, deixando o seio quase todo a mostra, ostensivamente.

O vestido e a saia, da cintura para baixo, cederam lugar às bermudas e às calças compridas e a nudez chegou à virilha e, pelo que se vê, breve chegará provocantemente às partes mais intimas.

O homem, fugindo de ser o Adão deixando o Paraíso, isto é, desnudando-se, se veste igualmente há séculos, abolindo alguns expletivos como a gravata e o paletó, e porque não dizer a cobertura de um chapéu, enquanto que a mulher vai se despindo e se tornando objeto comercial nas publicidades de lingeries (calcinhas e soutiens) , sabonetes, protetores menstruais, e se mostrando totalmente nuas nas revistas, como a Play Boy e vai por aí afora

Recordo-me quando a mulher era mais pudica, ocultando seu corpo feminino com muita decência e a gente sentia sensações libidinosas ao ver um simples tornozelo, depois uma perna, depois um joelho, depois uma coxa, hoje...

Quanta sensação ao se ver, mesmo sobre a roupa, um busto bem empinado, ereto, durinho, cujos mamilos em formato de bico de mamadeira, eram pujantes. Hoje também o são, inda mais se apresentando como estão, seminus...

Será que vamos aos tempos em que, nos lugares quentes, como Ribeirão Preto e outros locais e cidades, a roupa será desprezada? O pior de tudo isso é que existem homens que nem notam essa mudança de hábitos.

Sem dúvida alguma, em ambos os casos, existem raras e honrosas exceções. Pense nisso, pense agora.

Antonio Luiz Cabral – Ribeirão Preto 24/09/2006 – alacalado@hotmail.com.