"SOMOS TODOS SOPHIA."

Existe um filme denominado: "A escolha de Sophia", baseado na historia de uma mulher judia, que interrogada por um soldado nazista tem que escolher pela sobrevivência da filha de 8 anos ou do filho de 10. Decidida, ainda que com um enorme peso na consciência, opta pela liberdade do menino. A escolha se dá porque segundo ela a menina teria poucas chances de permanecer viva já que provavelmente seria abusada e escravizada pelo resto da vida pelos nazistas. Então, optando pelo filho acreditava que em breve o teria de volta. Ledo engano. Nunca mais viu o menino passando o resto da vida tendo de lidar com as duas perdas. Fazendo uma analogia deste emblemático filme para os nossos dias, verdade é que a nossa vida é quase toda ela pautada em escolhas e decisões. Decisões das quais não sabemos se serão boas ou ruins. Na adolescência, por exemplo, normalmente as escolhas são mais triviais (triviais não no sentido pejorativo, mas sim por conta da imaturidade da idade). A menina (o) não sabe se irá com a roupa X ou Y à festa da amiga. Se obedece os pais ou se segue o que a turma dita como regra para se fazer parte do grupo. Se namora o loirinho (a) ou o moreninho, e assim por diante. Aí, vem à juventude e as escolhas começam a ganhar outra forma. Não sabe se deve cursar direito porque toda à família são de advogados ou se faz engenharia que é o que sempre queria. Chega à vida adulta e, as escolhas continuam a todo vapor. Devo-me casar com meu atual noivo (a)? Volto para meu ex? Ou fico solteira (o) para sempre? Depois de casada, será que terei apenas um, dois ou nenhum filho? Vem à crise financeira e a pessoa esta indecisa se tenta abrir o próprio negócio ou se muda para outro país. Na religiosidade, não sabe se crê em Deus pela tradição familiar, em deuses, na tecnologia, ciência ou em nada. Enfim, estamos sempre na berlinda das escolhas. Muitas iremos nos arrepender outras tantas não. É obvio que existem determinadas escolhas que dá perfeitamente para se saber se serão boas ou ruins. É só uma questão de lógica e boa percepção das realidades que nos cercam. No entanto, a maioria delas não tem como saber. Sabe por quê ? Porque somos seres insaciáveis, volúveis e indecisos. O que queremos hoje amanhã já não queremos mais. Conclusão: Viver é isso, ou seja, é estar sempre escolhendo, decidindo, acertando, errando, etc, sem ter certeza de nada. O que não podemos nunca deixar fazer é arriscar. Porque pior que errar é não tentar acertar!

Danilo D
Enviado por Danilo D em 22/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
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