E SE O TEMPO ACABAR?

Qual a finalidade em manter um longo e muitas vezes eterno caso de amor com uma maneira de viver que nos causa desconforto?

Por que será, que insistimos tantas vezes em permanecer em situações que nos desagradam, em repetir comportamentos e viver relacionamentos por longos anos, que nos causam sofrimentos?

Reclamamos do emprego, do (a) parceiro (a), do lugar onde estamos, das pessoas com as quais nos relacionamos, da maneira que vivemos. Mas não fazemos absolutamente nada para mudar!

Quantas vezes nos percebemos novamente repetindo situações desagradáveis em nossas vidas, mesmo tendo nos prometido por diversas vezes que nunca mais aceitaríamos passar por aquilo novamente!

Temos tanta dificuldade e tanta resistência em pelo menos tentar ser feliz, que nos agarramos de forma desesperada e sofrida em situações e relacionamentos que nos impedem de realmente viver, de ir ao encontro de uma felicidade sonhada. E tantas vezes tão simples de ser alcançada!

Incrível perceber as inúmeras justificativas que usamos, para permanecer em situações e termos comportamentos que nos prejudicam. Insistimos em usar escoras, muitas vezes por comodismo. Ou será por medo de realmente dar certo e ser feliz?

Vivemos tantas vezes em estado de quase letargia e de total comodismo diante do que nos incomoda, como se não houvessem outras alternativas, como se fosse impossível viver de outra forma.

Nos forçamos tanto em tentar conviver com situações que nos provocam insatisfações. Passamos às vezes uma vida inteira nos forçando a aceitar o inaceitável.

Insistimos em querer nos conformar e aprender a conviver com o intolerável, mesmo sabendo a todo instante o mal que isso nos faz.

Esquecemos tantas vezes que o mundo é dinâmico, que a vida sempre está em movimento.

Não adianta se esforçar para não enxergar e insistir em ignorar, pois os caminhos existem. E são muitos! E bastante variados também!

Mas nos negamos tantas vezes em vê-los! Resistimos tanto em tomarmos decisões, em trilharmos outros caminhos, mesmo quando constatamos ser a melhor solução.

Por que será, que tantas vezes nos recusamos em ser alegres, e preferimos abraçar a tristeza? Por que nos obrigamos a acomodar no incômodo, a nos satisfazer com o insatisfatório? De onde será que origina esta dificuldade em se permitir ser feliz?

Só para lembrar: por mais que eu insista em me manter estática, a vida continua, ela não pára para me esperar! Se você não se decidir a viver agora, corre o risco de ficar com a sensação de que perdeu muito tempo!

E se o seu tempo acabar?

Francisquini
Enviado por Francisquini em 05/09/2007
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