VALORIZAÇÃO DA MULHER

PALAVRAS DE VIDA - 2.018

Pastor Serafim Isidoro.

A VALORIZAÇÃO DA MULHER

(UM RESUMO DA PALESTRA AOS CASAIS –Nov. 1, 2014 -Varginha, M.G.)

Se as normas da Nova Aliança forem observadas, a Igreja será a luz do mundo.

SUBMISSÃO:

Ypotagê é a palavra grega usada com a conotação de: Sujeição – II Co. 9.13; Subordinação – Gl.2.5; Obediência – Rm.16.26. Disse Jesus: “Porque é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida poucos são os que entram por ela” – Mt.7.14. Paulo, apóstolo disse: “Não fui desobediente à visão celestial” – At.26.19. “Sujeitando-vos uns aos outros no temor (fobos) do Senhor.” – Ef. 5.2. “E não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio” – Rm. 15.16.

Tendo sido convertido ao Evangelho aos dezessete anos de idade, recebi o primeiro chamamento de Deus no ano mil novecentos e cinquenta e cinco e em demais anos, até que em mil novecentos e setenta e cinco, (vinte anos depois) o Pastor Bernhard Johnson Jr. chegou à minha casa na cidade de Três Pontas, onde eu pastoreava, dizendo: “Serafim, eu estava no Hotel Tropical em Manaus e o Senhor Jesus me disse que viesse à tua casa e te chamasse para fazer parte de minha equipe de cruzadas evangelísticas que se estenderá a todo Brasil.”

Em mil e novecentos e setenta e dois, o Senhor Jesus havia batizado no Espírito Santo, em uma só reunião, minhas três filhas e minha esposa, dizendo-nos, através de profecia, estar realizando aquele feito porque em mil e novecentos e setenta e cinco – disse Ele textualmente – eu e minha família sairíamos para outro serviço.

SUBMETÍ-ME a Deus por Jesus, e toda boa obra se cumpriu em nossas vidas. Mais tarde, por duas vezes o Senhor me disse, usando profetas e em dois lugares diferentes: ”Cuida da minha Obra e eu cuidarei da tua família”.

Reverencio-me agora nos meus setenta e nove anos de existência (ano dois mil e quatorze) tendo uma só esposa, três filhas, cinco netos e três bisnetos. Como escravo de Deus (com muita honra) como aconteceu ao profeta Jeremias, com João Batista com o apóstolo Paulo e com Neemias, servi o copo às mãos do Rev. Bernhard Johnson Jr. nas “cruzadas” durante vinte anos nos quais fui coordenador e secretário, até a morte dele.

SUBMETÍ-ME ao plano que Deus estabeleceu em minha vida. Sirvo-o com alegria. Ninguém jamais me viu triste. Alegro-me por ter sido usado para pastorear cinco igrejas no Estado de Minas Gerais e de ter sido intermediário para a entrega da igreja em Varginha ao honrado Pastor Salvador Antunes, isto a já vinte e dois anos passados.

SUBIMISSÃO É A MINHA HISTÓRIA. Submeti-me a Astolfo Isidoro e Geralda do Nascimento, meus saudosos pais. Submeti-me à chamada de Deus. Submeti-me a Bernhard Johnson Jr, como o fez João Batista a Jesus. Submeti-me ao Exército Brasileiro para servir a minha pátria, apesar de dispensado. Submeto-me a Deus e aos homens, ministrando agora a Pastores e vocacionados nos cursos básico e médio da EETAD e na ministração do curso de grego koinê. Submeto-me hoje às famílias da igreja que bondosamente me dão a oportunidade de ministrar-lhes neste jantar ao primeiro dia do mês de novembro do ano dois mil e quatorze. Submeto-me, repito, à vontade de Deus em o Cristo, meu Salvador e Mestre.

SUBMISSÃO: A boa ordem de Deus no universo exige submissão. O macro e o micro -universos são submetidos, assim como o são todas as coisas, ao BOULÊ, à vontade da Trindade divina. A sociedade do século vinte e um é propensa a abolir LEIS – característica do Anticristo, cujo título declarado pelo apóstolo Paulo, na segunda carta aos Tessalonicenses, capítulo dois e versículo nove é O ANOMOS – “sem lei”. O Mestre dissera: “Se alguém ouvir as minhas palavras e não pratica-las, assemelhá-lo-ei ao homem que edificou a sua casa sobre a areia”.

As leis espirituais e morais para a Igreja estão estabelecidas na Nova Aliança (N.T.) e servem como bússola ao procedimento da vida diária dos que são espirituais e santos, consagrados a Deus.

Tenho-me empenhado em ensinar o retorno ao hábito nos lares da leitura diária da Nova Aliança, o que se fazia antigamente no culto doméstico, costume hoje desconsiderado nos arraiais evangélicos. Tenho-me empenhado também no ensino da valorização da mulher segundo a Nova Aliança.

“Vós mulheres SUJEITAI-VOS aos vossos maridos, como ao Senhor” – Ef.5.22.

“Assim devem os maridos amar as suas mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher ama a seu próprio corpo.” – Ef. 5.28.

RESUMO DAS CITAÇÕES USADAS NA PALESTRA:

Homens 29 vezes. Mulheres 29 vezes. Sujeição 7 vezes. Idosos 1 vez. Idosas 1 vez. Solteiros 1 vez. Viúvas 1 vez. Pais 1 vez. Filhos 1 vez. Empregados 1 vez. Patrões 1 vez. Diáconos 2 vezes. Bispos 1 vez.

Esta lista de citações compõe um código de leis da Nova Aliança a serem praticadas pela Igreja. Não são costumes ou apenas conselhos. Os costumes são temporais, locais ou regionais dentro de uma época.

A Doutrina (didaskalia) entretanto, é atemporal, devendo ser observada em todas as épocas e em todos os lugares. Sua não observância gera transgressão da lei divina – o que se denomina pecado. Daí a infelicidade em lares e as desavenças conjugais. E todo pecado receberá justa retribuição.

Se as leis da natureza forem quebradas as consequências serão, cedo ou tarde, infalíveis. O mesmo acontecerá com as leis espirituais e morais. A bússola da Igreja é o Novo Testamento, onde se encontra a doutrina dos apóstolos. A não observância ou o descrédito destas referidas leis são a razão do caos dos tempos modernos e da sociedade de modo mundial em nossos dias. Mas a Igreja é o arraial dos santos; é o curral das ovelhas onde o Pastor é o Mestre, o Guia seguro, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

A MULHER é a base do marido, dos filhos, do lar, da sociedade e, consequentemente, da Igreja. Ajudadora idônea, capaz na observância dos preceitos néo-testamentarios que se destacaram em cinco textos desta palestra. O valor da mulher excede ao ouro e seu exemplo perpetua-se por gerações.

AJUDADORA - Em todas as épocas da história humana a mulher foi objeto de discriminação: sua origem é cronologicamente situada em segundo plano; sua atuação no início da história humana é de fracasso em resistir a tentação, seu procedimento em querer tornar o homem cúmplice da sua desobediência colocou-a em posição desfavorável diante do julgamento do próprio Deus. Ela foi a segunda, após a serpente a receber a sentença da punição divina. Entretanto, originalmente não foi este o plano de Deus que dissera: “Não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe uma ajudadora”.

O livre arbítrio, a escolha voluntária, prerrogativas dadas ao casal, da mesma maneira que fora dada aos anjos em épocas passadas, facultou a esse casal a escolha entre o bem já conhecido e o mal que lhes era então uma incógnita, um algo mais que os levou à queda e a ruina. O Deus Criador dissera: “não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe uma AJUDADORA que lhe seja idônea” “fitting helper” – apropriada ajudadora – traduziu a “Torah New Translation Acording to the Massoretic Text Ed. 1982.

Alguns fatos na história têm uma mudança de posição quanto ao seu intrínseco valor. Vejamos três exemplos: 1) Esaú nasceu primeiro do que Jacó, porem quem recebeu a bênção do pai e de Deus foi Jacó. 2) Israel, o povo eleito de Deus teve a sua atuação primeiro do que a Igreja; porém, a Igreja entrou primeiro na posse da bênção de Deus, que é o Christo, o Ungido, o Messias.

3) Adão foi feito primeiro do Eva; Adão é a gloria de Deus – I Co.11.7 – Mas Eva, que foi tirada do seu corpo (costela) no plano de Deus é colocada como em primeiro lugar. Eva foi feita de Adão , mas todo o ser humano que vem ao mundo só pode vir através da mulher – Jesus, o Messias, inclusive.

O papel da mulher na sociedade é imprescindível. A ajudadora é básica, fundamental como a base de um edifício. Foi plano de Deus estabelecer uma sociedade (raça humana) através de uma dupla: homem / mulher. É como um avião que tem duas asas e destas depende a estabilidade do seu vôo. O complemento de uma asa é a outra asa. Assim como o homem é dominador de tudo na natureza, a mulher é a dominadora (déspota) do auxilio imprescindível que propicia a estabilidade desse homem. O homem é a cabeça, mas a mulher é o corpo. Sem a mulher o homem perde a estabilidade do auxílio. O celibato, masculino ou feminino é uma exceção e não a regra do ser humano. Serão os dois em uma só carne. Estarão lado a lado no estabelecimento do lar, da sociedade, da Igreja e da pátria.

RELIGIOSIDADE – O papel da mulher não pode ser estudado apenas no âmbito da religião, nas sociedades e nas épocas. Esse assunto necessita ser aprofundado ao terreno espiritual, lógico e até da revelação instantânea que nos aclara para entendermos as sagradas escrituras além da sua letra, pois é o Espírito que a vivifica. Estudar a mulher segundo a Velha Aliança nos levaria a costumes, leis e práticas da sociedade judaica, que como toda sociedade, já não é mais a mesma. Moisés e os escritores bíblicos daquela Aliança (quase todos judeus) discriminaram a mulher, relegando-a a um segundo ou terceiro plano, já que as crianças também eram discriminadas, principalmente se femininas. Nos censos estatísticos as crianças e a mulher não eram consideradas, não eram contadas. No tabernáculo, santuário de Deus quando da peregrinação de Israel no deserto, as mulheres e crianças não podiam entrar, mas ficavam em um pátio durante todas as cerimonias realizadas. Diga-se que se a mulher estivesse nos seus dias de sangue nem poderia ir ao referido pátio. Não foi diferente quando o templo foi construído e não foi diferente após o cativeiro babilônico quando foram instituídas as sinagogas. As mulheres nunca tiveram lugar de preeminência. Para o judaísmo e para as sociedades antigas ela, mulher, teve como papel principal dar a luz a filhos (quanto mais, melhor) e cuidar do homem que a seu lado era patrão, senhor absoluto, déspota. Ela suportava com resignação a convivência e a divisão do marido com as outras (concubinas). Davi teve seis esposas; Elcana tinha Ana e Penina. Humilhada por ter de suportar as chamadas concubinas era disfarçadamente vendida pelo próprio pai que requeria do noivo um dote.

E pensar que hoje haja sociedades onde ainda vigoram esses princípios...

A influencia da sociedade sempre foi muito forte para a Igreja. Um pouco de fermento leveda toda a massa. O divórcio e os anticoncepcionais mudaram o procedimento de muitas. O “casamento de três” como dizia certo Pastor significando o casamento de moças grávidas, tem sido motivo de disciplina em diversos lugares. E quem perde com isso é a mulher. Sutilmente houve uma inversão de relacionamento homem / mulher, marido / esposa. Não precisamos voltar muito no tempo para nos lembrarmos daquela conversa em que alguém dizia: “Minha senhora foi fazer compras e...” – E o outro querendo fazer média dizia: “Ela é a rainha do lar...” e ela com ar de quem exige dizia: “Você já fez o que te mandei? ”... Inversão de posição entre o corpo e a cabeça, inversão de responsabilidade, inversão da Palavra de Deus grafado na Nova Aliança. Você nunca ouviu uma mulher moderna dizer: “Meu marido é o rei do lar”... O meu senhor foi fazer compras”... “Em minha casa não se manda; pede-se”...

De outro lado, o homem sempre foi cabeça em tudo o que faz. Ele às vezes é uma cabeça careca sem senso, sem juízo e sem Deus. Viemos ao mundo como uma folha de papel em branco a ser escrito e moldado pelos pais, pela sociedade e pela Igreja. Educar é desenvolver todas as potencialidades do ser humano. A harmonia entre o casal é trabalho árduo e continuo que durará por toda a vida. A outra metade será sempre a preferência. O amor e a amizade são a tônica desse relacionamento.

Maridos: amai vossas mulheres,,,

Só Jesus.