Somente em duas situações

Esta é muito boa! Uma reflexão curta, mas pura realidade de nosso cotidiano.

Ela é do amigo Ivan Rodrigues Alonso e retrata bem nossa tendência humana de acomodação.

Como verificará o leitor a situação apresentada por Ivan pode ser aplicada em casa, na vida individual ou familiar, na vida social e coletiva, de uma cidade, Estado ou país. Mas é principalmente na questão da iniciativa pessoal que ela se apresenta mais expressiva.

Quantas oportunidades não são perdidas ou desperdiçadas pela falta de iniciativa? Quanto não se deixa de ganhar em cultura, lazer e crescimento pessoal pela falta de interesse? Quantas providências não ficam anos esquecidas pela indiferença com que tratamos a dinâmica da vida? Quantos relacionamentos não são desfeitos porque esquecemos de valorizar contatos que nos foram dirigidos ou não prestamos atenção ao que nos dizem?

Ao mesmo tempo, vemos a vida passar, o tempo voar, e deixamos negligentes, que as providências se acumulem sem solução...

Mas, também, convenhamos: quantos assuntos ao mesmo tempo, diariamente, não é mesmo? Haja tempo e disposição!

Porém, a realidade é que a correria do dia-a-dia nos consome em coisas nem tão importantes quanto os verdadeiros interesses que deveriam ocupar nosso tempo.

Mas, vamos à frase do Alonso:

“O homem só se movimenta em duas situações:

a) quando estão correndo de alguma coisa;

b) ou se alguma coisa sai correndo atrás dele”.

Pode rir leitor. Eu também tive essa reação. Não é mesmo uma grande verdade para a maioria de nós? Não reflete mesmo a realidade em muitas situações?

Claro que não é uma generalização, nem em pessoas, nem em situações.

Mas reflete essa tendência humana de acomodação, que deixa o tempo passar e perde o bonde da oportunidade e do conhecimento.

A movimentação equilibrada, serena, para andamento das providências, exige atenção, iniciativa e, claro, planejamento. O mesmo ocorre com o próprio crescimento individual e coletivo, na área do intelecto e da moralidade.

Melhor é que estejamos atentos a questões que diretamente nos interessam: a construção do próprio aprimoramento intelecto-moral.

Para esse objetivo, que fatalmente liga-se direta ou indiretamente ao relacionamento com terceiros, próximos ou distantes, familiares ou não, melhor lembrar a recomendação do fazer ao próximo o que queremos que nos façam, transmitida pelo maior Mestre da Humanidade, ou ainda em recomendação recente, semelhante, mas em outras palavras, de Dalai Lama, líder tibetano: Ajude o próximo sempre que puder e, se não puder, jamais o atrapalhe.

Interessante é que, embora o objetivo da presente abordagem fosse a frase de Alonso, concluímos por trazer as recomendações de Jesus e Dalai que, coincidentemente, também falam de duas situações...

Orson
Enviado por Orson em 25/09/2007
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