EGOISMO, PARCEIRO DO ÓDIO

O que torna o egoísmo um parceiro do ódio é o fato de que, jamais, possibilitará àqueles em quem se instalam vir a ter tudo para si e, muito menos, chegar a se tornar o centro do mundo.

O egoísta sufoca-se a si mesmo, pelo descontrole do querer e pela insipidez do sucesso que persegue, e que considera um direito seu, inalienável.

O egoísta não saboreia o prazer da luta, já que conta sempre com a vitória, que julga ser um direito meritório seu.

De igual forma, não conhece e se recusa a experimentar os prazeres normais da vida, assim como não passa pela razão, nem de longe, admitirem-se tais manifestações ou comportamentos nos outros.

O egoísta alimenta-se do ódio, uma fogueira regular e frequentemente alimentada com gravetos do ressentimento, cujos acionamentos contínuos vão degradando o espírito, desequilibrando a alma e fragilizando e adoecendo o corpo.

O remédio não é fácil, uma vez que um espírito viciado, dificilmente, se curvará para reconhecer as limitações e imperfeições próprias.

O egoísta não consegue se destacar, se não estiver enquadrado pelos holofotes falsos da vaidade.

Além do que não consegue identificar, nos outros, pendores ou dons, quaisquer que sejam, já que seus critérios são, natural e teimosamente, narcisistas e excludentes.

Por tudo isso, tende a ataques de surtos depressivos, a crises de mau humor, intolerância e isolamento, já que sua presumida perfeição não admite a convivência social com “imperfeitos”.

O tratamento psicológico ou psiquiátrico não atingirá objetivos louváveis, se não for acoplado a uma gestão de espiritualidade apurada.

Assim como há doenças físicas, que só são curadas pelo trato espiritual, há, também, as psicológicas, muitas vezes, senão a maioria, que só atingem uma progressiva regressão, ou a cura imediata, via tratamento espiritual.