SOS Terra

A atual situação climática do planeta Terra é um dos assuntos mais comentados e mais preocupantes em todo o mundo.

Imagine que a atmosfera que cobre a terra e oferece condições de vida é um oceano com 400 quilômetros de profundidade. O ar que respiramos denso e úmido fica bem no fundo, nos últimos quilômetros. É justamente nesta fina camada que jogamos imensas quantidades de poluentes por ano. Isto causa mal à saúde humana e ameaça a saúde do planeta.

Existem na atmosfera gases como CO2(dióxido de carbono), CH4 (metano) e vapor de água. Eles formam uma camada que aprisiona parte do calor que faz manter a vida na Terra. Esse fenômeno é chamado de efeito estufa.

Mas desde a revolução industrial o uso intensivo do carbono, em forma de carvão mineral, petróleo e gás natural para gerar energia para as indústrias e veículos e as queimadas têm liberado o excesso desses gases na atmosfera, retendo calor e intensificando o efeito estufa, e consequentemente o aumento da temperatura que gera inúmeros outros problemas como o derretimento das geleiras, aumentando o nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras. Furacões ficam mais intensos e destrutivos. Temperaturas mínimas ficam mais altas, enchentes e secas mais fortes e regiões com escassez de água, como o semi-árido viram desertos.

Alguns cientistas acreditavam que o fenômeno poderia ser causado por eventos naturais, como erupções da atividade solar e movimento dos continentes, mas com o avanço da ciência, ficou provado que as atividades humanas são as principais responsáveis pelas mudanças climáticas que já fazem vítimas em todo planeta.

É preciso encontrar soluções urgentes para evitar grandes catástrofes.

E a preocupação com o aquecimento global levou à criação , em 1998, do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), que reuni cientistas do clima de todo o mundo. A maior meta do Painel é reduzir em 50% a emissão de gases poluentes até 2050, para que o aumento da temperatura da Terra não ultrapasse o limite de 2º C , que é considerado o ponto de ebulição do clima.

O Brasil mesmo cheio de riquezas naturais não deixa de sofrer de perto as conseqüências dos efeitos climáticos com a queima abusiva de petróleo e pela destruição das florestas, que causam secas sem precedentes na Amazônia. No sul, furacões, tempestades e desertificação, estiagens.

As catástrofes climáticas serão mais intensas e freqüentes com grandes impactos sociais e ambientais. Vários setores econômicos terão que se adaptar à maior freqüência de episódios de chuvas intensas, como o de construção de barragens. Na Amazônia a exploração predatória de madeira altera o clima regional e contribui para o aquecimento global, com isso a floresta ficará mais seca e será substituída por um cerrado mais pobre em biodiversidade.

Com o aumento da temperatura, o ritmo das chuvas irá alterar a agricultura no Brasil com a migração de lavouras que antes faziam parte de regiões específicas. Secas mais intensas irão comprometer lagos das hidrelétricas aumentando o riscos de apagões e o abastecimento de água potável será afetado. As regiões metropolitanas ficaram mais quentes, com mais inundações e enchentes causando desmoronamentos em áreas de riscos e o aumento dos casos de doenças infecciosas como a dengue e a malária.

A principal contribuição do Brasil para reduzir o aquecimento global é impedir a destruição da Amazônia. Contribuir para a eficiência energética e uma política nacional de mudanças climáticas.

A Ecopedagogia que se baseia na consciência de que pertencemos a uma única comunidade da vida, que desenvolve a solidariedade e a cidadania planetárias, que supões o reconhecimento e a prática de tratar o planeta como um ser vivo e inteligente, que reage ao que lhe é oferecido, levando-nos a sentir e viver essa cotidianidade em conexões com o universo e em relação harmônica consigo, com os outros seres do planeta e com a natureza, considerando seus elementos e dinâmica. Nada mais é que uma opção de vida por uma relação saudável e equilibrada com o contexto e consigo, com os outros, com ambiente próximo e distante.

E a Ecopedagogia implica numa mudança radical de mentalidade em relação à qualidade de vida e ao meio ambiente, que está diretamente ligada ao tipo de convivência que mantemos com nós mesmos, com os outros e com a natureza. E ela não se dirige apenas aos educadores, mas a todos os cidadãos do planeta. Está ligada ao projeto utópico de mudança nas relações humanas, sociais e ambientais, promovendo a educação sustentável (eco educação) e ambiental com base no pensamento crítico e inovador, formando cidadãos com consciência planetária.

Por isso a Ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é, conscientizar e colocar em prática o que é preciso fazer para que vivamos harmonicamente com o nosso planeta.

Essa pedagogia propõe também uma nova forma de governabilidade. Onde é preciso ter uma ação comunicativa baseada na autonomia, ética e participação na diversidade cultural. E entendida assim a Ecopedagogia se apresenta como uma pedagogia dos direitos humanos, sociais, econômicos, culturais, políticos e ambientais de forma amorosa com a Terra.

Portanto , mais do que nunca é preciso vincular a Ecopedagogia com todas as outras formas de prevenção e ação junto ao planeta Terra, pois os estragos já causados são irreversíveis, e a vida na Terra dependerá de como será tratado o planeta daqui pra frente.

Que sejamos conscientes e pratiquemos ações positivas para a vida em conjunto, seja em casa, como família, seja na escola como educadores e alunos, seja como cidadãos a princípio de tudo. E que seja cobrado das autoridades competentes medidas como campanhas de conscientização e prevenção (economia de energia e consumo), substituição de energias negativas (petróleo, nuclear e grandes hidrelétricas), por energias positivas ( solar,eólica, pequenas hidrelétricas, biogás).E principalmente o reflorestamento que pode ser aprendido e ensinado nas escolas , fazendo assim um trabalho interdisciplinar, pois o planeta Terra pede ajuda e urgente!

llelle Martins
Enviado por llelle Martins em 05/10/2007
Código do texto: T681292
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