A VACINA MAIS IMPORTANTE

Viktor Frankl, psiquiatra de origem judaica que passou anos num campo de concentração nazista, dizia que situações de crise servem para revelar a índole e a verdadeira essência das pessoas.

O ano de 2020 nos mostrou isso claramente. A pandemia, de fato, fez com que canalhas de todos os tipos se mostrassem como aquilo que sempre foram. Os existencialmente frustrados, os covardes, os rancorosos e os que até então nutriam em segredo propensões autoritárias e vingativas se revelaram aos montes. Desde o zé-ninguém que passou a se comprazer em denunciar vizinhos por descumprimento das regras da ditadura sanitarista que nos foi imposta até o político que, estando no poder por causa do povo, tornou-se um tiranete execrável e passou a humilhar quem o elegeu por meio de medidas absurdas e draconianas. Nesse ínterim, o medo histérico, habilmente induzido pela mídia, foi transformado por muitos na mais alta e nobre virtude a ser cultivada, enquanto o bom-senso e o uso da reta razão iam sendo praticamente criminalizados.

Se você atravessou 2020 e não se transformou num canalha odiento, comemore! Você já foi vacinado contra a deplorável doença crônica da profunda sordidez de espírito.