MEMORIAS DE UM INFARTADO

Eu estava refastelado la na sala vendo televisao quando senti uma forte dor no peito.

Eu chegara a poucas horas de sua caminhada diaria e esperava o almoço naquela tarde.

Era uma dor que parecia se dirigir também ao seu braço esquerdo e logo a minha filha Livia correu comigo pro hospital.

Era um infarto eu fiquei internado.

Mas não tinha enfermaria vaga ,então eu fiquei em uma sala do pronto socorro até que se desocupasse um leito na enfermaria, o que demorou uma semana.

Fui colocado em uma maca movel muito precária, a mesma tinha que ser calçada, do contrário ela poderia jogá me la na rua.

A cada noite durante o tempo que fiquei no pronto Socorro, v de tudo';

Uma noite, os bombeiros trouxeram uma mulher grávida que fazia o maior escândalo, outra noite um mendigo que parecia querer quebrar tudo e ir se embora, até que finalmente fui pra uma enfermaria e pouco depois chegou o Manoel que estava com ele la na sala do P S.

Manoel era muito engraçado pois vivia reclamando das enfermeiras na hora de tomar infeção, teve uma vez que a Therezinha veio lhe dar um remedio e ele disse a ela:

VOCE tá escondendo a seringa ai atraz ?

Também pudera, vai saber o que aquele pobre sofria.

Ah, mas um dia chegou o Sr Agostinho,um senhor muito legal, que se tornou meu companheiro inseparável.

Andávamos por todo o hospital,inclusive eu ali pregava a Palavra de Deus e orava com os enfermos,sempre tendo a compania do meu amigo que apesar de ser católico,resava comigo.

Uma vez, caminhando perto do pronto socorro,um médico até disse que ia nos enxugar se não sairemos dali, o que fizemos imediatamente.

Era um sufoco danado, teve um dia em que um transformador explodiu ao lado da enfermaria enquanto eu fazia um exame

Falando em sufoco,quantas mortes presenciei ali, principalmente a do Sr Francisco que morreu aos gritos .

Destaco aqui o apoio da minha família, da minha esposa Nilza,da minha filha Lívia que passou muitas noites ao lado do meu leito,mesmo tendo que sair para o trabalho em Resende no dia seguinte.meus sobrinhos, cunhados vizinhos,meu saudoso irmão Paulinho que mais tarde está pandemia o levou me ajudaram muito na minha recuperação.

Finalmente fui operado no dia 21 de agosto de 2017 pelas mãos do Doutor Amauri.

Gente, eu não senti nada e hoje creio que quem morre durante uma operação nada sente.

O sufoco foi após a anestesia, ai sim o bicho pegou e eu clamei em pensamento a Deus e ele me enviou o refrigério, quando pedi por mim e pelos que ali estavam como eu sofrendo.

Finalmente fui pra casa e fui me recuperando.

Quando fez num ano,eu fiz aqui em casa um culto de agradecimento que teve a presença do meu amigo Sr Agostinho e sua esposa a D Nilza e alguns dos seus conhecidos.

Em 2019 teve outro culto e só não deu pra fazer em 2020 por causa da pandemia, mas Deus e grande e ainda vamos continuar a celebrar a vida

ANESIO SILVA
Enviado por ANESIO SILVA em 07/03/2021
Reeditado em 07/03/2021
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