“O EU INTEGRAL” DO PRESIDENTE JAIR MESSIAS BOLSONARO

 

Algum tempo atrás li um belíssimo artigo de um colunista do jornal ‘O Globo’, cujo nome não me lembro, e desenvolvi este tema sobre o “Eu Integral” do presidente Jair Messias Bolsonaro.

Um dos dramas Freudianos, aquele que analisa situações de pessoas que após obterem algum êxito, arrumam um jeito de zerar o ganho e acabam boicotando ou arruinando a si mesmo, descreve muito bem “O eu integral” de Bolsonaro. Pessoas assim se tornam autodestrutivas. Na fogueira da vaidade extremada, “do achando que pode tudo”, ocorrem às agressões verbais como uso de expressões chulas. Confuso, fala demais e depois se arrepende. Seus vínculos afetivos estão voltados estritamente para a sua família, denotando certa submissão e fragilidade como pai, aceitando tudo o que os seus filhos, irresponsáveis, dizem. Bolsonaro incita a rejeição por atos, gestos e atitudes impensadas. Parte para o enfrentamento para logo depois se arrepender, ao tentar desdizer o que disse. Aproprio-me neste momento de uma frase de François Ewald, historiador francês, citando Foucault: Bolsonaro não pretende só denunciar os erros. Ele denuncia os erros, tentando colocar em seu lugar novas verdades. Toda aquela impulsão reprimida de querer sair às ruas para tentar viver aqueles momentos confusos, perigosos e conturbados, mesmo na tentativa de tentar manter o seu governo, não fazia o menor sentido. Ninguém sabia ao certo o tamanho da encrenca global que estávamos nos metendo, que acabou culminado em milhões de mortos por conta de uma pandemia perigosíssima. Sempre vale a precaução, "antes de tentar viver, você precisa lutar pela sua sobrevivência. Para celebrar a vida precisamos estar vivos".

 

Nota: Este texto contém algumas colocações feitas pelo grande colunista do referido jornal, com adaptações feitas por mim, no desenvolvimento do tema.