A Menor Idade Penal

Que grandes diferenças existem entre os cérebros de um jovem de dezesseis e de um jovem de dezoito anos? Será que em dois anos pode ocorrer uma transformação brutal no cérebro de alguém? Será que em dois anos se adquire responsabilidade e se descobre que existem leis que regem a vida? Será que em apenas dois anos alguém se torna um adulto? Será que um jovem de dezesseis anos é tão imaturo e alheio à realidade que não sabe que matar é incorreto? E se jovens de dezesseis anos matam porque não sabem a diferença entre o certo e o errado, por que então não vemos um suicídio em massa de adolescentes? Tirar a vida dos outros não é mais fácil? Quem é que disse que um menor de idade, que cumpre pena por ter cometido um crime grave, pode sair de uma prisão de menores recuperado? Quantas vezes não ouvimos falar de jovens com antecedentes criminais, que ao saírem de uma instituição que deveria recuperá-los, voltam às ruas para cometerem crimes? E as pessoas que se manifestam contra a redução da idade penal, alegam que adolescentes não devem cumprir pena em presídios porque a prisão neste país não recupera ninguém. E por acaso as instituições responsáveis pelos menores os estão recuperando? Quem acredita que um adolescente que comete homicídio simplesmente pelo prazer de matar possa ser recuperado? Por que um homicida deve ser visto como um criminoso e não como um doente mental? Matar alguém é algo tão simples? Pode um doente mental ser recuperado em um presídio, quando ele deveria estar se submetendo a um severo tratamento psiquiátrico? Será que não existem pessoas geneticamente predispostas a cometerem o mal? E se alguém herdou de seus antepassados o gene da agressividade, o que adianta mantê-lo em uma prisão quando está condenado a ser assim por toda a sua vida? Não somos todos testemunhas de que os criminosos já cometem os seus delitos desde a infância? Não é na infância que os seres humanos dão demonstrações daquilo que serão por toda a sua vida? Se um médico descobre a sua vocação para a medicina ainda na infância, se um músico se descobre músico ainda na infância, e se um escritor descobre-se apaixonado pelos livros ainda na infância; por que seria diferente com um criminoso?

Sei que o assunto é polêmico, mas escrevi para provocar um pouco!

Provocador
Enviado por Provocador em 20/11/2007
Reeditado em 21/11/2007
Código do texto: T745103
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