Perdão

Infelizmente, nosso conceito de perdão pode limitar ou dificultar a nossa capacidade de perdoar. Dizem que perdoar é coisa de gente fraca , medrosa, boba. Possuímos crenças negativas de que perdoar é aceitar de forma passiva tudo o que nos fizeram. Achamos que perdoar é aceitar agressões, desrespeito aos nossos direitos. Muitos afirmam: "eu não levo desaforo para casa!..." Somos alguns destes?

Perdoar não é fraqueza,é nobreza.

Somos falhos,todos são.

Quem não perdoa não se perdoa.

De certa forma,seria como se tudo de bom se apagasse e se transformasse em um sentimento enluteis,mágoa,ódio,que só leva a amargura.

Para que serve a inimizade, senão para afastar as pessoas dos seus próprios espíritos, para se distanciar de quem poderia ser um guia que o leve às estrelas? Para que serve o ódio se o perdão é tão próximo quanto o calor de um sol tão distante? Para que serve o desprezo, se o amor pode galgar caminhos mais serenos e mais úteis que a arrogância? Para que serve a guerra senão para dividir o mundo, enquanto a paz pode, na pior das circunstâncias, unir todos os povos? Pare pra pensar que nós somos seres que estamos de passagem pelo mundo, que devemos muito mais à natureza do que ela à nós, que precisamos tanto mais de perguntas quanto de respostas e obviamente somos mais minúsculos do que a mesquinhez que apenas cega nossa diferença perpendicular às outras coisas. Olhe a amplidão e contemple a liberdade de respirar os sonhos antes da última morada.

José Lucas Góes Benevides
Enviado por José Lucas Góes Benevides em 25/11/2007
Reeditado em 05/12/2007
Código do texto: T751862
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