A gênese de um dos maiores males da Humanidade

Em 20 de dezembro de 1917, Vladimir Lenin emitiu um decreto criando a Tcheka, uma das primeiras polícias políticas da União Soviética.

Martyn Latsis, um dos primeiros chefes do órgão deu as seguintes diretivas para seus comandados: “Nós não fazemos uma guerra específica contra as pessoas. Nós exterminamos a burguesia enquanto classe. Não procurem, na investigação, documentos e provas do que o acusado fez, em atos ou palavras, contra a autoridade soviética. A primeira questão que vocês devem colocar-lhe é a que classe ele pertence, qual é sua origem, sua educação, sua instrução, sua profissão.”

Estava instituída a “luta de classes” que foi prevista como fato natural por Karl Marx como passo para a “inevitável” para substituição do Capitalismo pelo Comunismo, que no entanto não se concretizou.

Estima-se que o Terror Vermelho bolchevique executou sumariamente no outono de 1918, de 10 a 15 mil pessoas, número esse que corresponde a duas a três vezes as condenações do regime czarista em 92 anos.

Além das execuções sumárias, decapitações, mutilações, afogamentos e todo tipo de atrocidade que se pode cometer com pessoas, os campos de concentração se disseminaram pela União Soviética para conter os “inimigos do povo”.

Posteriormente essas prisões serviram de inspiração para os nazistas, comunistas chineses e outros.

Martyn Latsis, que foi chefe da Tcheka da Ucrânia diz em um de seus relatórios: "Reunidos num campo perto de Maikop, os reféns — mulheres, crianças e idosos - sobrevivem em condições assustadoras, na lama e no frio de outubro. [...] Eles morrem como moscas. [...] As mulheres estão prontas a tudo para escapar da morte. Os soldados que guardam o campo se aproveitam para fazer comércio de mulheres.".

Foi nessa linha de conduta que os comunistas da União Soviética, China, Camboja, Cuba e outros, mataram mais de 100 milhões de pessoas inocentes no Século XX.

No Camboja bastava uma pessoa usar óculos de grau para ser considerada “de classe inimiga” e ser executada.

Em Cuba, Fidel Castro e Che Guevara assassinaram milhares de pessoas por serem da classe “apoiadores de Fulgêncio Batista”.

Essa tática de intimidação dos “inimigos” não foi usada apenas pelos comunistas de todos os países, mas também pelos partidos da Esquerda radical.

No Brasil, nos últimos dez anos aproximadamente, quando começou a haver reação da população contra a hegemonia destrutiva da Esquerda, esta dividiu o país em duas classes: uma que, por princípio, estava destinada a construir uma sociedade “livre, justa, sem pobreza, sem criminalidade, sem racismo, sem homofobia, etc.” e outra, composta pela parcela da população que não concorda com essa visão e que, por isso, é composta por “fascistas”, esses seres desprezíveis que não merecem estar junto dos “escolhidos”.

As alegações de muitos, segundo a qual o Comunismo não existe mais ou que “o verdadeiro Comunismo nunca foi tentado” são apenas provas da hipocrisia e cinismo dessas pessoas.

O gene desse mal continua atuando na Sociedade e seus portadores não só não fazem críticas a destruição que ele provocou como, descaradamente, ainda mostram simpatia pelos seus propagadores do passado, os maiores criminosos que já passaram pela face da Terra.

* Os dados citados neste texto foram tirados do “O livro negro do Comunismo”.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 22/06/2022
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