DEFICIENTES FÍSICOS DE GOIANÉSIA CONTAM COM CARRO ADAPTADO GRATUITO

Em Goianésia a inclusão social é levada a sério. Não fica só no papel. Mas nem sempre foi assim. A mudança de chave aconteceu com a chegada de Leonardo Menezes à prefeitura e de sua esposa, Eloá Menezes, à secretaria da Mulher, Família e Direitos Humanos. Eles conseguiram montar uma equipe que reúne duas características importantes: qualificação na área e paixão pelo próximo. Raras cidades no Brasil possuem algo semelhante. A fórmula tem rendido pequenos milagres na vida de quem antes era tratado como invisível dentro da sociedade.

Pessoas com deficiências físicas, também chamados de cadeirantes, agora têm com quem contar. Por meio da Central de Apoio ao Deficiente (CAD), a prefeitura fornece um transporte adaptado, que busca e leva os deficientes até locais como bancos, hospitais, órgãos públicos, entre outros.

O serviço, que é disponibilizado desde o ano passado, mudou radicalmente a vida de mais de 60 pessoas, que estão cadastradas no sistema. Uma delas é a aposentada Rosimar Gomes Lima, de 62 anos. Ela amputou a perna direita há treze anos, por complicações de uma trombose.

“Minha vida era muito difícil. Tinha que desmarcar tratamento na policlínica, tinha dificuldade para ir ao banco receber meu benefício. Dependia da caridade de vizinhos. Agora mudou tudo. Sai uma consulta eu ligo para a Vanessa e agendo o transporte. Ela me atende cheia de amor e o seu Adailtom chega aqui com o carro na minha porta para me levar aos lugares que preciso”, descreve dona Rosimar, com seu clássico sorriso no rosto.

A Vanessa citada é Vanessa Abreu, a coordenadora da Central de Apoio ao Deficiente. Antes conhecida por ser a esposa do ex-jogador Nonato, agora ela é conhecida como um dos anjos da guarda dos deficientes de Goianésia. É o braço direito da primeira-dama Eloá Menezes no trato com eles.

“É um projeto sonhado e criado pela Eloá. E fico feliz por fazer parte. É um trabalho que a gente faz com o máximo amor. Nos transformamos em uma família aqui. Nós, aqui da Central e todos os mais de 60 cadeirantes. Fizemos visita na casa de cada um deles, conhecemos as famílias. A gente viu que a situação não era nada boa. Precisavam desse suporte para ter uma vida digna, para ter acesso aos serviços públicos”, explica Vanessa.

Eloá, ao comentar sobre o projeto, brilha os olhos. “Me sinto realizada por Deus ter me dado a oportunidade de criar esse projeto e, junto com essa equipe maravilhosa, fazer a diferença na vida dessas pessoas, que antes nem sabiam a quem recorrer”, diz.

Os deficientes cadastrados são pessoas de classe baixa. Suas famílias não possuem veículos. Antes, eles precisavam contar com a ajuda de vizinhos, parentes ou desconhecidos para se locomoverem. E o constrangimento de sentar em um carro sem adaptação. Tudo de uma dificuldade que os faziam desanimar. A maioria não fazia os tratamentos. Muitos viam sua situação piorar e até morriam por falta de oportunidade. Resumindo: não era vistos, não eram acolhidos como cidadãos.

“Agora não só temos esse carro à nossa disposição para nos ajudar, como temos verdadeiros amigos na prefeitura. Eloá, Vanessa e o pessoal da CAD são como minha família, a gente está sempre conversando”, resume dona Rosimar. A fala dela representa a opinião de dezenas de outras pessoas, que agora têm o direito de ir e vir respeitado.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 18/01/2023
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