ÁFRICA EM CRÔNICA

O tempo parou para o continente berço há dezenas de anos, adormeceu na escuridão das suas florestas secas, dando aos ocidentais as glórias de que tanto se vangloriam. Os países africanos apesar de terem conseguido das suas potências coloniais as suas independências políticas, no mundo, continua a ser dos mais dependentes economicamente. Segundo os estudos feitos, áfrica possui 30 por cento dos recursos minerais conhecidos. O sinal evidente da sua fragilidade económica actual é que sua indústria representa apenas 0,9 por cento da produção mundial; em contrapartida, 66 por cento das matérias-primas transformadas no globo são proveniente de áfrica. De acordo com a docente de História de África do ISCED-Benguela, doutora Sónia Silva (Quem tanto estimo), o século XIX, foi, sem dúvida, altura que os europeus estabeleceram o controlo político, jurídico e religioso onde missões cristãs conseguiram converter os "selvagens" ao cristianismo, à "civilização", fazer dos africanos estrangeiros na sua própria terra, escravos e gente sem terra, desenraizados da cultura que caracterizava a sua ligação com as forças vitais do continente e com os seus antepassados.

A verdade é que áfrica entrou em coma para dar vida outros continentes, culturas e economias. O ocidente formaram as suas colónias em áfrica, exploraram os seus recursos e suas forças produtivas; implantaram um regime de dominação e exploração, que contribuiu para o crescimento e incomparável desenvolvimento actual da europa, para a dependência económica, política e cultural dos povos africanos. Mataram o avanço económico africano, a agricultura de produtos africanos necessários de acordo com a nossa natureza e o comércio costumeira, local, e de gestão africano , sendo substituído por uma rede de novos agentes e novos produtos. África vive actualmente efeito de acontecimentos de uma herança colonial, que lhe legou dependência económica, política e cultural.

Adalberto Fábio