O triste fim de um Pentacampeão

O triste fim de Ryan Gracie Pentacampeão mundial do Pride, o torneio mais importante do mundo do jiu-jítsu nos remete mais uma vez para o submundo das drogas. Ryan Gracie é membro da família Gracie, do patriarca Hélio Gracie, precursor do jiu-jítsu no Brasil , mas mesmo assim, sendo um esportista, não conseguiu escapar dos malefícios da maldita droga, pagando com a vida. A quantidade de cocaína necessária para provocar uma overdose, varia de indivíduo para indivíduo, e no caso do lutador Ryan, pelas suas ações praticadas mostraram claramente que estava sob o efeito de drogas. O efeito da cocaína pode levar a um aumento de excitabilidade, ansiedade, elevação da pressão sangüínea, náusea e até mesmo alucinações. Um relatório norte-americano afirma que uma característica peculiar da psicose paranóica, resultante do abuso de cocaína, é um tipo de alucinação na qual formigas, insetos ou cobras imaginárias parecem estar caminhando sobre ou sob a pele do usuário. A tentativa de roubo por parte do lutador provavelmente foi devido às alucinações. Um senhor idoso de 76 anos de idade com uma faca no pescoço, agarrado por um homem do porte de Ryan Gracie deve ter vivido minutos de horror, e a coragem dos motoboys de enfrentar a “fera” até a chegada da polícia foi no mínimo heróica. Mas por outro lado, não podemos esquecer que o lutador estava agindo sob efeito de drogas e como ser humano, no mínimo deveria ser encaminhado a um hospital, para depois ser preso, pois devemos dar prioridade à vida. No caso do lutador Ryan gracie parece notório que houve negligência na condução da prisão. Apesar de estar envolvido em alguns casos de brigas, não podemos esquecer que o lutador trouxe para o Brasil cinco campeonatos. Não podemos esquecer também que a família é a base da sociedade, mas se essa mesma família fizer uma “pressão” em cima dos filhos para serem sempre os melhores, isso pode gerar um desconforto psicológico levando o indivíduo à depressão. Costumo sempre ensinar para meus alunos que na vida devemos sim, ser competitivos, mas sempre fazendo o que nos deixa felizes, caso contrário, o descontentamento gerado poderá levar-nos a caminhos tortuosos e um desses caminhos pode ser o das drogas, aquele sem volta. Escolas de futebol e agências de modelos surgem aos montes no Brasil, prometendo fama e sucesso. O que devemos deixar claro para nossos filhos é que eles sempre serão amados, independente de se tornarem um “Ronaldinho gaúcho” ou uma “Gisele Bundchen”, porque o que importa é serem felizes e não precisarem de “fugas” para viverem. Infelizmente Ryan Gracie o grande campeão, não conseguiu vencer o seu pior adversário e perdeu a grande luta de sua vida para a implacável e imperdoável DROGA que o conduziu para um caminho sem volta!