Falhamos com o Mundo

Hoje 15 de novembro de 2023 o mundo registra mais um recorde de concentração de Gases do Efeito Estufa (CO2, CH4, N2O) que foi alcançado não esse ano, mas o ano passado em 2022 e divulgado apenas esse ano. Está se tornando constante um ano sempre superar o outro no aumento do calor e na concentração de gases, os índices mostram que a meta traçada pela a humanidade lá no ano de 2015 no Acordo de Paris está longe de se concretizar e se tornar realidade. A cada ano que passa o desmatamento, a poluição, a geração de lixo e energia e o consumismo exacerbado está aumentando vertiginosamente ano após ano. Então os objetivos criados por nós em 2015 estão falhando miseravelmente. Estamos presenciando em primeira mão as consequências do mal tratado que fizermos com a natureza, estamos presenciando o aumento do calor, de chuvas torrenciais, da frequência de furacões e ciclones e de eventos naturais cada vez mais extremos que está sendo fatores diretos para destruição de cidades, de mercado, de colheitas e por eliminar grande parte da população.

Falhamos quando tentamos frear as mudanças climáticas mitigando o nosso estilo de vida, mas em um mundo tão complexo onde existem tantos interesses de poderosos que não se preocupam em nada além dos seus lucros foi e continua sendo impossível. A tentativa de saciar a demanda do mercado por mais poder, lucros e mercados mundo afora não foi alinhado com os interesses políticos de garantir um mundo mais sustentável. O consumo não apenas continuou, mas aumentou bastante desde 2015. O petróleo em nenhum momento deixou de ser produzido e comercializado o mundo ainda o procura com a mesma sede insaciável de sempre de garantir combustível necessário para os seus transportes. As indústrias não pararam de produzir os bens de consumo para uma população cada vez mais consumidora e fútil da necessidade de comprar. A matriz energética continua a depender dos combustíveis fósseis as energias alternativas ainda são destinadas a um segundo plano. Continuamos a destruir e matar o nosso planeta sem pensarmos nas consequências que virão, porém elas já chegaram.

Muitos imaginavam que as consequências mortais das mudanças climáticas só viriam em 2050 ou no final do século, porém nunca estivemos tão errados. As consequências já chegaram em formato de um calor excessivo que mata milhares por ano, por chuvas catastróficas que arrastam casas e vidas, por queimadas em florestas que contribui ainda mais para a geração de gases do efeito estufa, por furacões que destroem cidades inteiras e dizimam as vidas humanas pelo o caminho deixando um rastro de destruição. Hoje estamos sofrendo os malefícios de nosso descuidado com o mundo em que vivemos e o pior ainda nem chegou. Com o aumento gradativo do calor em nosso planeta isso vai afetar diretamente a produção de alimentos, lavouras e colheitas inteiras serão perdidas, muitos de nossos solos estão se tornado improdutíveis e está havendo o aumento da desertificação em todos continentes, então como alimentar uma população tão grande como a que temos hoje de 8 bilhões de pessoas, levando em consideração que nunca tivemos uma população tão grande. Essas consequências irão definir o futuro da humanidade mais na frente se seremos uma espécie capaz de superar esse problema e gerir os recursos naturais em um mundo finito com uma população crescente ou se seremos uma espécie a mais no caminho da extinção. O mundo possa ser que sobreviva, pois já passou por muito mais catástrofes, porém a espécie humana de todas as outras que já passaram sobre a Terra está sendo o único inquilino que está acabando com seu próprio lar.

Davi Freitas - 15/11/2023

Kaynne
Enviado por Kaynne em 15/11/2023
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