Medo da morte. Por Meraldo Zisman

Em um contexto mais moderno, observamos que o medo da morte continua a ser um fator preponderante em quase todas as atividades humanas. Contudo, essa apreensão ganhou recentemente novas nuances, impulsionada pela constante exposição nas redes sociais, onde a busca pela validação virtual e a comparação incessante tornaram-se fontes adicionais de ansiedade e insegurança.

É relevante ressaltar que, ao utilizarmos o termo “Homem”, estamos nos referindo tanto ao gênero masculino quanto ao feminino. Na contemporaneidade, o Homem é um ser imerso em uma teia de conexões digitais, que moldam sua identidade não apenas pelos aspectos físicos, mas também pelos atributos virtuais e pela incessante busca por reconhecimento nas redes sociais.

O conhecimento da morte pelo Homem é reflexivo e conceitual, contrastando com a ignorância dos animais quanto a essa inevitabilidade. Em meio às tecnologias avançadas e inovações científicas, a dualidade entre corpo e a alma persiste, com o corpo, mesmo sendo aprimorado por avanços biomédicos, ainda sendo visto como um recipiente mortal, enquanto a alma é fortemente influenciada pelas i ntromissões e exigências da era digital.

A morte, em sua expressão contemporânea, permeia as mentes humanas através de memes da cultura virtual, debates éticos sobre inteligência artificial e a exploração de novas fronteiras científicas, inclusive a busca pela imortalidade. Nesse contexto, o medo da finitude continua a impulsionar o Homem a explorar desde a escala subatômica até à vastidão do cosmos, agora amplificada pela interconectividade global e pelas oportunidades tecnológicas.

A chegada da morte, entretanto, é inexorável.