AFEGANISTÃO

AFEGANISTÃO

A República Islâmica do Afeganistão tem como países vizinhos: o Irã, o Turquemenistão, o Uzbequistão, o Tajiquistão, a China e a Índia. A República Islâmica do Afeganistão, ou apenas Afeganistão é um país do subcontinente indiano. Limitado a norte pelo Turcomenistão, Uzbequistão e Tadjiquistão, a leste pela China (região de Xinjiang), a leste e a sul pelo Paquistão e a oeste pelo Irã (de que está separado pela região desértica do Sistan) e sua capital é Cabul. O Afeganistão é um mosaico de grupos étnicos, tendo sido sucessivamente alvo de diferentes invasores e conquistadores: o Império Persa, Alexandre o Grande, árabes muçulmanos, povos nômades turcos e mongóis, o Império Britânico e a antiga União Soviética. O Afeganistão é um verdadeiro museu de minas ONGs e a ONU trabalham para retirar cerca de 700 mil minas no país, que são resultado de 24 anos de conflito. O Afeganistão foi invadido e ocupado pela União Soviética em 1979. Mas apesar da destruição maciça provocada na sustentação logística, lutas subseqüentes entre as várias facções do mujahadin permitiram que os fundamentalistas do Talibã pudessem se apropriar da maioria do país. Em 1997, as forças talibãs mudaram o nome do país de Estado Islâmico do Afeganistão para Emirado Islâmico do Afeganistão. Nos últimos dois anos o país sofre com a seca. Estas circunstâncias conduziram três a quatro milhões de afegãos sofrerem de inanição.

Vejam a situação delicada por que passa esse país sofrido pelas guerras constantes e que se acha totalmente minada e para os habitantes todo cuidado é pouco, visto que já existe uma população de mutilados. O Afeganistão subdivide-se em 34 províncias assim relacionadas: Badakhshan, Baghlan, Badghis , Balkh, Bamiyan, Daikondi, Farah, Fariab, Ghazni, Ghowr, Helmand, Herat, Jozjan, Cabul, Kandahar, Kapisa, Khost, Konar, Konduz, Laghman, Logar, Nangarar, Nimroz, Nurestão; Paktia; Paktika; Panjshir; Parwan; Samangan; SAR-i Pol; Takhar; Uruzgan; Vardak e Zabol. O Afeganistão é um país montanhoso, muito irregular, chegando o ponto mais alto a atingir quase 7.500 metros acima do nível do mar. As montanhas são muito propícias para esconder guerrilheiros e terroristas. O clima do Afeganistão é mais ou menos como o solo do sertão nordestino, falta água para a população, já que existem inúmeras regiões secas. A única diferença talvez seja o clima no período noturno que se torna muito frio. O afegane é uma palavra do, ou pertencente ou relativo ao Afeganistão (Ásia); afegânico - O natural ou habitante do Afeganistão. Formação paralela nas acepções (afegã, afegão, afgã), e no glossário da língua indo-européia do ramo indo-iraniano falada no Afeganistão e no Paquistão e ainda no Irã, no Tadjiquistão e nos Emirados árabes Unidos, pode ser também a unidade monetária, e moeda, do Afeganistão. O Afeganistão é um país montanhoso, (com 85% do seu território formado por montanhas) -, embora inclua planícies no norte e no sudoeste. O ponto mais alto do Afeganistão, o Nowshak, atinge uma altitude de 7 485 m acima do nível do mar. Grandes extensões do país são secas, e o fornecimento de água doce é limitado. O Afeganistão tem um clima continental, com verões quentes e invernos frios. O país é freqüentemente abalado por sismos. Além da capital, Cabul, as maiores cidades do país são Herat, Jalalabad, Mazar-e Sharif e Kandahar. O Afeganistão é um país relativamente pobre, depende da agricultura(papoula), matéria prima do ópio e da criação de gados. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio-se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficiente, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política.

A inflação continua a ser um problema sério. O Afeganistão é um país asiático com uma área de 647.497 quilômetros quadrados sua principal cadeia de montanhas, Hindu Kush, tem uma altitude média de 4.270 m, com picos que chegam a 7.620 metros. Os principais rios do país são Amu Darya, Kabul e Helmand. Com uma renda per capita de 220 dólares e um alto nível de analfabetismo. A população, estruturada em tribos e clãs, é dividida em quatro grandes grupos étnicos: os patanes (50% da população), os tadjiques (25%), os uzbeques (9%) e os hazaras (9%). Segundo dados de 1993, grande percentagem da população do país (acima de 10%), de 21.970.000 habitantes, é composta de nômades. Mais de 90% dos habitantes são muçulmanos, da ramificação sunita. O restante, especialmente os hazaras, são xiitas. Até 1973, quando foi proclamada a república, o Afeganistão era uma monarquia. A Constituição de 1977 declarava um Estado unipartidário, com o islamismo como religião oficial. Em 1992, o poder foi tomado por um grupo que estabeleceu um conselho provisório. A história desse país pobre e rico em conflitos é extensa, mas poderemos inserir alguns detalhes importantes nesse trabalho. No século VI a.C. à região fazia parte do Império Persa passando por volta de 330 a.C. para o domínio de Alexandre, o Grande. Nos (séculos III e IV), os persas invadiram o país. Os hunos tinham o controle do Afeganistão quando, no século VIII, os árabes conquistaram a região impondo como religião principal o islamismo. No século X e no início do XI o controle político árabe foi substituído pelo domínio iraniano e turco. Vencido por Gengis Khan (cerca de 1220), o país ficou sob o domínio mongol até o século XIV, quando Tamerlão, outro mongol, apoderou-se do norte do Afeganistão. Durante todo o século XVIII e parte do XIX, os afegãos ampliaram seu poder conquistando o Baluquistão (a leste do Irã), Cashemira e parte do Punjab. O emirado desintegrou-se em 1818 e, em 1835, Dost Muhammad, membro de uma notável família afegã, tomou o controle do leste do Afeganistão, recebendo o título de emir. Em 1838 teve início a Primeira Guerra Afegã (1838-1842), quando o exército anglo-indiano invadiu o Afeganistão, capturando as principais cidades.

Mas após uma rebelião, em dezembro de 1842, os britânicos foram forçados a abandonar o país e Dost Muhammad recuperou o trono. Em 1878, forças anglo-indianas invadiram novamente o Afeganistão. Após ter perdido a Segunda Guerra Afegã (1878-1879), Abd-ar-Rahman, neto de Dost Muhammad, subiu ao trono e cedeu o Passo de Khyber e outros territórios afegãos aos britânicos. Abd-ar-Rahman foi assassinado e seu sucessor, Amanullah Khan, declarou guerra à Grã-Bretanha. Em 1919, a Grã-Bretanha reconheceu o Afeganistão como Estado independente e Amanullah Khan tornou-se rei. Durante a década de 1920, o país passou por uma série de reformas e medidas de modernização, entre as quais a educação para as mulheres, que acabaram provocando revoltas internas. O Exército Vermelho foi derrotado por grupos guerrilheiros afegãos, que contaram com respaldo financeiro e militar norte-americano. Durante os nove anos de guerra no Afeganistão, a União Soviética perdeu quinze mil soldados e, apesar de todos os esforços, no decorrer da década de 1980 as forças governamentais e os soldados soviéticos não conseguiram derrotar os rebeldes. O fracasso soviético levou analistas internacionais a descrever o conflito como o "Vietnã dos soviéticos". Pressionada pela opinião pública internacional e fustigada pela guerrilha islâmica, em maio de 1988 a União Soviética começou a retirada de suas forças, completada em fevereiro de 1989. Porém, mesmo após a retirada soviética, a guerra civil interna continuou e, em abril de 1992, o presidente Mohamed Najibula, apoiado pelos soviéticos, deixa o poder e os rebeldes tomaram Kabul. O país torna-se um estado islâmico e, no ano seguinte, uma assembléia nacional, composta de varias facções rival, líderes tribais e religiosos aprovam a criação de um parlamento e de um novo exército. Mas a união entre as varias facções dura pouco e o país acaba, mais uma vez, tornando-se palco de lutas internas.

Isto permite, a partir de 1994, o crescimento de uma nova força política: os talibãs, um grupo fundamentalista islamismo financiado pelo Paquistão. Em 27 de setembro de 1996, sete anos depois da retirada das tropas soviéticas do Afeganistão, as milícias talibãs conquistam Kabul e vão estendendo seu domínio. Em 1998 já controlavam 90% do país. Contaram com o apoio do Paquistão e da Arábia Saudita para derrotar as facções rivais e, uma vez no poder, restabeleceram a ordem no país, impondo um severo regime islâmico. Seu governo tem-se caracterizado por uma aplicação rígida da lei islâmica. Decretos do Ministério da Virtude e Supressão do Vício impuseram leis que incluem: Uma rígida segregação das mulheres. Ressalte-se que alguns fatos da história contaram com ajuda do site Wikipédia. As meninas são impedidas de cursar a escola. Mulheres que trabalhavam em hospitais e escolas foram mandadas de volta para casa e obrigadas a cobrir-se dos pés à cabeça. Os homens são obrigados a deixar a barba crescer. A televisão está proibida, assim como a música ocidental e os jogos de azar. As salas de cinema foram fechadas e a imprensa que não foi proscrita teve que banir das páginas fotos e imagens. As punições para qualquer tipo de transgressão incluem açoites em praça pública para os que consumirem álcool. A amputação de membros para os culpados de roubo e morte por apedrejamento para os adúlteros. Apesar de ter sido denunciado por organizações internacionais de direitos humanos, o novo regime solicitou o reconhecimento da comunidade internacional, com o argumento de que havia restaurado a ordem na maior parte do solo afegão. Se essas penas afegãs fossem aplicadas em nosso país com certezas teríamos muitas pessoas amputadas. Muitos fatos relevantes poderiam ser colocados aqui, mas não queremos nos estender e colocar nuanças sobre a desgraça alheia. O principal da história afegã está inserido nessa pequena faceta de mais um país muçulmana, onde as mulheres são discriminadas e o castigo muito severo para os corruptos. Rezam muito, matam muito mais, parece até que a maioria do povo árabe não tem amor à vida.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 06/01/2008
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