FERRO A PREÇO DE OURO

Ano novo...truque velho!

É mister que passemos pelos anos, mas vira e mexe as coisas acabam por retornar ao de costume depois das festas.

Hoje depois da confusão de fim de ano, o rítmo da vida voltou ao quase normal, e ao dar uma passadinha pelo supermercado, percebi que os truques continuam os mesmos.

Refiro-me aos preços superfaturados das festas que agora altruísticamente são cortados pela metade.

Pela metade... mas com lucro ainda por inteiro!

E aquelas ofertas que nunca são ofertas? Há preços que acompanho semanalmente e que de repente, na "cara dura", são anunciados como ofertas! A se pensar que brasileiro não tem memória, alguém até deva acreditar mesmo.

E eu, que optei por ir às compras de Ano Novo com a intacta memória dos preços do Ano velho, que foi "ontem"...levei um susto!

Assustei-me com os preços. E o truque continua...

Enquanto o supérfulo é oferecido aos montes, o que me faz deduzir que o abuso de preços não desovou a contento certos produtos na demanda das festas, tive a impressão que a cesta básica explodiu! E que bomba!

O que aconteceu com o feijão?

Aquela comidinha básica e tão saborosa, rica em ferro, própria do brasileiro, deve estar sendo adubada com ouro!

Vejam, nem "ferro" brasileiro pode levar mais! Ou vai levar ferro a preço de ouro! Quem puder!

Aliás quanto está a grama do ouro mesmo?

Deve estar menor que o custo dum grão de feijão.

E hoje se aquele personagem do conto de fadas "João e o pé de Feijão" aparecesse com alguns graozinhos para serem trocados, ia ter que pensar muitas vezes...para não sair no prejuízo! Nem que os trocasse por vacas encantadas que dessem leite sem aditivos perigosos!

E para sustentar suas vaquinhas, aposto, ia faltar verde.

Observaram as verduras? Sumiram das prateleiras.

Dizem que é a chuva! Outra hora dizem ser o sol...só a garoa é que não leva mais a culpa! Essa sumiu do cenário paulistano para sempre mesmo.

E assim seguimos na sazonalidade do clima e dos produtos, mas nunca na dos dos preços, e sem o velho feijão!- mas empanturrados de panetones do ano velho desovados a todo custo.

E LEMBREM-SE: nunca a preço de custo.