"A palavra do morto é modificada nas entranhas do vivo"

“Muita gente que considera religião má influência para os jovens vai cair duro: uma pesquisa recente feita pela Universidade de Michigan relacionou saúde, comportamento saudável e de alto risco, crença e participação religiosa. (.....) ir à missa, confessar, rezar o terço e etc aumenta o desempenho sexual” (Artigo “A religião e a saúde – Mario Eugênio Saturno - Tecnologista – Folha opinião 04.04.05 – Jornal O Dia)

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A tecnologia que perdoe minha ingenuidade sobre religião e saúde. Meu universo “micha e instigante”, de poucos conhecimentos científicos - acerca da relação de bem estar social entre saúde, religião e sexo –, sempre conduz-me, simbolicamente, para imagens de deuses “pallhus erectus” sobre outros deuses domésticos.

Pesquisadores descobrem, às vezes, o que a sabedoria popular já conhece há milênios. Como provar!? É só voltarmos ao templo de Delphos e revermos conhecimentos pagãos de purificação onde a iniciação dos homens era feita através das religiões – mas isso são detalhes para outra ocasião.

Hodiernamente, diante do ecletismo e da Verdade Absoluta de uma força superior, falta, no mínimo, criatividade no direcionamento da exclusividade do bom comportamento humano, preconizando-o à determinada religião. Sem preconceito e muito menos conservadorismo - nem adentrando em mares radicais: qualquer religião, sem fanatismo exacerbado e doentio, nos direciona a uma vida saudável, através dos conceitos de comportamentos dignos; se assim não fosse, onde estaria o mérito de ser... Religião?!

“Os filhos vem de vós, mas não são de vós!” Preparai-os então para o mundo: isto é bíblico! O livre-arbítrio está à porta de cada um, justo aprendermos a caminhar, guiado pelos pais – e olha que muitos não têm essa oportunidade.

Com o passar do tempo, no mundo, somos obrigados a correr (muitas vezes sozinhos); e correr significa cair, levantar, aprender, mudar, ser ajudado, ajudar... Não podemos nos deixar levar pelo ralo da separatividade religiosa e social, fazendo apologia (sem tirar a importância de dogmas históricos de nenhuma instituição) a uma exclusividade religiosa.

Louvemos a Igreja pelo seus pedidos de perdão, e aguardemos seu futuro pedido pelo conservadorismo atual. Os pregadores de um Deus raivoso, reguladores de comportamentos sociais arcaicos - em troca de dízimos permanentes – que sejam sepultados e não mais “ressuscitem” como donos da verdade. Religiosamente, não podemos correr o risco, hoje, de uma nova Idade Contemporânea Medieval.

Só pra não acordar de falo duro na cama, dispenso ver vantagem em “aumento do desempenho sexual” dentro de uma religião que prega o dogmatismo do sexo apenas para casamento e procriação. Convenhamos, a cada “bronha” há, no mínimo – dentro das encíclicas católicas -, dois pecados mortais: morticínio e desejo da mulher alheia! Portanto, condenável pela Igreja e pelos passionais.

Mesmo assim, vou rezar meu terço e pedir a Deus que não me deixe morrer de “priapismo” pela falta de entendimento dos atuais caminhos para o “bem viver social”.

E viva o paganismo, o espiritismo, o budismo... o ecletismo!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 22/01/2008
Código do texto: T827916