Mudar O Que ou Mudar Em Que?

No ultimo texto falávamos sobre a atitude como sendo o retrato real da nossa realidade interna e que, por isto mesmo, devemos cuidar profundamente desta realidade interna de cada um de nós. Em verdade sabemos que todos entendemos um pouco sobre a necessidade de melhoria interna, o que muitas vezes parece difícil é o ato de enxergar aquilo em que e como precisamos melhorar por dentro.

Se é verdade que o nosso exterior revela o que somos por dentro, podemos começar nossa avaliação pessoal por aí, por observar os fatores dos quais temos consciência que precisam e podem ser mudados no nosso comportamento, e também na observação das atitudes que outros percebem em nós que são nocivas para nós mesmos ou para os nossos relacionamentos interpessoais.

Em maior ou menor grau de compreensão, é natural que digamos às vezes: - Por que me comportei assim? Se esta pergunta se repete sempre, então está aí um comportamento ou atitude que detectamos necessitado de correção. Da mesma maneira quando outros me perguntam insistentemente: “-Por que você sempre age assim?” Na avaliação de terceiros sobre o impacto que as minhas atitudes geram neles pode também residir a pista ou indicação daquilo que podemos melhorar em nós mesmos.

Infelizmente, muitos de nós abraçamos o pensamento filosófico de vida trazido pela canção “Gabriela” que diz: “-Eu nasci assim, eu vivi assim, vou morrer assim...”. E de fato será assim se não quisermos mudar. Mas estas atitudes de resistência às mudanças apenas nos têm conduzido à colheitas costumeiras e atuais de nossas vidas, sejam financeiramente, relacionalmente, espiritualmente ou em qualquer esfera da vida.

A maioria de nós quando diz que a nação precisa mudar volta-se para Brasília, para o Palácio do Governo ou para o Congresso Nacional, apontando para onde as mudanças devem acontecer. Na realidade ao visitar o Congresso Nacional no ano passado, choquei-me quando o guia interno da Casa nos disse: “-Em última análise, vocês estão assentados nestes gabinetes e nestas cadeiras, estabelecendo o destino da nação; digo isto porque foram vocês que colocaram estes homens aqui.” E ele tinha razão, principalmente porque muitos foram lá estabelecidos por troca de favores tão baixos e tão pessoais, que fazem corar a cara do brasileiro de caráter. Gostemos ou não, queiramos ou não: O BRASIL ATUAL É A NOSSA CARA.

Mas este Brasil está mudando e está mudando porque no ambiente religioso das pessoas que querem de fato a ética da Palavra de Deus, os clamores já não são apenas pela cura ou pelas maravilhas sobrenaturais que Ele faz em favor daqueles que crêem. Há uma geração se levantando para declarar, profetizar e estabelecer tais mudanças, não à partir dos outros, não olhando para fora, mas para si mesmos, a fim de que em verdade, sejamos capazes de evidenciar o que significa sermos sal da terra e luz do mundo. Quem clama por ética precisa, necessariamente, vivê-la.

Estão aí as pistas, ter a coragem de admitir que hábitos e comportamentos equivocados que temos precisam mudar, e, perceber que os que estão ao nosso redor também nos dão indicações daquilo que pode ser melhorado. Começar por aí pode refletir ato sábio de nossa parte. O livro bíblico conhecido como Provérbios pode muito nos ajudar muito neste processo. A gente se fala de novo no próximo texto, se Deus quiser.