O (paradoxal) voto de pobreza imposto aos futuros padres...

Este nosso espaço, predominantemente, des-

tina-se à abordagem de assuntos de cunho gramatical ou similares.

Porém, há determinados fatos do cotidiano que nos empurram a reflexões mais acuradas. Quando tal ocorrer , reservamo-nos o direito de tecer considerações pessoais, comentá- rios, etc., já que nossos leitores também esperam de nós - inúmeras

são as mensagens neste sentido - sugerindo-nos a abordagem de assuntos que, possivelmente, extrapolam os limites da Gramática mas que justifiquem um eventual comntário, desde que tenhamos algum

ponto de vista a esse respeito. E, por julgarmos procedente tal pleito

desses nossos leitores, por que não lhes atender ?, Afinal, estamos

ou não num regime democrático?

E é em função disso que nos aventuramos ,

apresentando, antecipadamente, nossas excusas na hipótese de o, a seguir, exposto vir a "ferir suscetibilidades" a quem, eventualmente, vier a se sentir ofendido, apesar de, MAIS UMA VEZ, esclarecermos que jamais será intuito nosso denegrir imagem de pessoas ou institu-

ições, ofender, desrespeitar, etc. No máximo, apresentaremos DIS-

CORDÂNCIA com relação a algum fato integrante do sistema vigente.

Mas, vamos lá...

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Como deve ser de conhecimento público ,

qualquer "mortal" que tenha nascido com a vocação para ser padre ,

após cumprir todos os rituais que antecedem o recebimento do títu-

lo de "padre", terá,O B R I G A T O R I A M E N T E, que fazer "OS VOTOS DE POBREZA"(= abrir mão de todos os bens dos quais, even- tualmente, seja proprietário : casa (s), terreno (s), carro, etc.,etc. (talvez isso inclua até saldos bancários, aplicações financeiras...)

Justificativa da instituição religiosa :

Ao padre, na condição de representante de

Deus entre os homens, EM NOME DA HUMILDADE, pregada pelo Senhor

de todos os rebanhos, é INCONCEBÍVEL que seja beneficiário de "POS-

SES", já que "bens materiais a f a s t a m os puros da pretensão de

todos os humanos : ter direito a um lugarzinho no Céu. "

Mas, aí entra o paradoxo ou contra-senso :

Se a Igreja impõe como norma A POBREZA aos

padres - sob a referida justificativa da pretensa HUMILDADE, por que ela pode se dar o direito de ser detentora de bens (e olhe que esses

bens, se convertidos em dinheiro, seriam capazes de acabar com a

fome no mundo, com tantos mendigos, com tantos doentes desassis-

tidos...)

Por que ela - a Igreja -, como demonstração INEQUÍVOCA DESSA HUMILDADE ALARDEADA não passa a se manter

manter com a contribuição dos fiéis, com o que arrecada durante as missas, com o valor das taxas por casamentos feitos, assim como

batizados, crismas, etc., etc ?

Cadê o princípio do equilíbrio e da coerência?

À reflexão dos amigos...

pedralis
Enviado por pedralis em 14/03/2008
Código do texto: T900298
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