Amor: Alimento das Almas

“Meus caros condiscípulos, os espíritos aqui presentes vos dizem por meu intermédio: Amai muito a fim de serdes amados”. Assim Sansão inicia sua mensagem, no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XI, item 10 da lei de amor.

E esta simples afirmação nos convida a uma intensa reflexão, haja vista a profundidade de seu significado. Já que nos sugere que amemos de tal forma, que despertemos o melhor em nossos semelhantes, o com o melhor que existe dentro de cada um de nós.

Pois o amor não é uma abstração da realidade, nem devaneio de escritores românticos, mas uma energia viva, através da qual devemos nos alimentar mutuamente.

E no livro “Nosso Lar”, o autor espiritual André Luiz nos traz uma preciosa lição a este respeito, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, no capítulo que leva o título: Amor: alimento das almas.

André Luiz nos elucida, através de uma narrativa, que o amor é o sustentáculo das criaturas, e que embora os veículos físico e espiritual necessitem de alimentação mais grosseira, dependendo do grau de elevação de cada um, a alma em si alimenta-se unicamente de amor.

Amor, que pode se manifestar através da conversação amiga, um gesto afetuoso, através da compreensão, o interesse fraternal, a bondade recíproca, patrimônios que derivam que se derivam naturalmente do amor profundo. Já que o sexo, manifestação sagrada do amor divino, é apenas uma expressão isolada do potencial infinito.

Logo, poderíamos substituir aquela expressão do Mestre Jesus: “Amai uns aos outros, como eu vos amei”, por “alimentai uns aos outros como eu vos alimentei e vos alimento até hoje, no campo da fraternidade recíproca”.

Que possamos, então, despertar através da nossa alegria de viver, do nosso entusiasmo, a alegria em nossos semelhantes. Que possamos fazer a nossa pequena parte para a construção de um mundo melhor, através de nosso exemplo, entusiasmando nosso próximo, para que estes também passem valorizar a vida, para que saibam também aproveitar esta oportunidade maravilhosa da encarnação presente.

Pois, segundo os ensinamentos espíritas, só temos aquilo que doamos. Colhemos invariavelmente o que plantamos. E tudo aquilo que esperamos do mundo, das pessoas, só virá até nós como reflexo do que enviarmos a eles.