Células Tronco Embrionárias

Na última terça-feira,dia 15 de abril, o Dr Leonardo Jelen, médico espírita, esteve no Lar do Amor Cristão ministrando uma palestra sobre células tronco embrionárias. Antes que eu perdesse o ‘fio da meada’ vim descrever, ou melhor, escrever o que ele disse.

“Porque é contra o estudo de células tronco embrionárias”.

A palestra iniciou-se com um breve histórico da medicina. Segundo ele foi o filósofo Descartes quem primeiro propôs a separação da ciência e religião. No Brasil, a Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus em Salvador, Bahia, 18 de fevereiro de 1808, foi a primogênita do ensino superior no país, não apenas médico, mas universitário. A Universidade de São Paulo, tem apenas 70 anos. Dos médicos formados, poucos são os que abraçam a doutrina espírita. Assim, os estudos da ciência em nosso país ainda são pequenos no ramo da genética espírita.

A princípio torna-se importante compreender como se forma o embrião. Antes era somente através do ato sexual. Hoje temos a possibilidade de formar um embrião in vitro, quando o óvulo da mulher é fecundado pelo espermatozóide do homem fora do útero.

A mulher ovula após o 14º dia da menstruação. O espermatozóide sobrevive até 72 horas dentro do corpo da mulher. Ele caminha naturalmente em direção ao óvulo através do útero e trompas de falópio. Isto é a parte técnica.

Como médico espírita ele aponta a parte espiritual, que segundo Dr Jelen, se dá antes mesmo da fecundação, uma preparação do espírito, ainda no plano espiritual, que irá se encarnar naquele embrião que se forma na fecundação, como descreve Chico Xavier no livro Missionário da Luz.

No momento da reencarnação há uma involução do espírito, ou seja, ele esquece todas as suas lembranças. Para o médico, o desencarne, segundo relatos psicografados, é bem menos traumatizante do que a reencarnação, que é um trabalho quase braçal.

Em 1995 a Associação Médico Espírita mostrou-se, como várias igrejas do mundo inteiro, contra pesquisas com embriões congelados. Por que? Segundo os espíritas há vida desde o momento da fecundação. Acrescentam no entanto que não são contra o congelamento do óvulo (oócito) da mulher e do espermatozóide separados. Voltando aos embriões congelados, os espíritas relatam que muitos espíritos ficam confinados a esta condição anos e anos porque estão ligados àqueles embriões. “É preciso agir contra essa situação", advertiu.

O óvulo fecundado leva de 3 a 4 dias para grudar na parede do útero. Mais 4 ou 5 dias para formar a placenta. Neste estágio são células multipotentes, podem se transformar em qualquer outra célula. “Em apenas dentro de um mês temos um embrião quase formado. Nós, como médicos, sabemos que são feitas experiências com quase 400 mil embriões, criando um vínculo negativo dentro do nosso planeta”, frisou.

Essas células tronco são usadas principalmente para tratamento de grandes doenças como diabetes, sobre a qual a medicina prevê 3 ou 4 anos para sua cura.

Ele citou o médico Drauseo Varella que disse: “temos o gen de toda doença em nosso organismo e passaremos por ela se tivermos que passar e não será a célula tronco que resolverá o problema se não aprimorarmos a parte moral”. Além do que, completou o Dr Leonardo, o organismo adulto também produz células tronco, como encontrados na medula óssea e no fêmur. “Infelizmente é a parte financeira que conta mais”, queixou-se.

Outro ponto para explicar a contestação a estes estudos por parte dos médicos espíritas deve-se ao fato de que milhões de embriões foram crucificados em nome da medicina e provocaram rejeição, tumor e até tecidos anômalos que não temos no corpo de pacientes que a receberam. “Nosso organismo está acostumado com nossa célula. Assim, nossos anticorpos agem bloqueando aquela célula ‘estranha’. Sob o ponto de vista espírita, tudo é energia. Quando recebemos a célula tronco ela vem imantada com a energia do doador. Que pode ser boa ou ruim. Existe ainda o agravante de obsessão, quando o doador não queria doar. É preciso esclarecer os dois lados”, explicou.

“Nossa vaidade, amargura, condições de vida nos leva à doença. Não temos apenas que correr atrás de células tronco, mas principalmente melhorar nossa condição moral”, observou.

Dado curioso apontado pelo médico foi quanto à função das mitocôndrias das células. Segundo ele as mitocôndrias estão ligadas a mediunidade e só transmitidas pela mãe. Isto porque, quando o espermatozóide se junta ao óvulo ele perde sua cauda onde estava sua mitocôndria. Então é a mãe que doa esta célula ao feto, sendo assim a transmissora da mediunidade. Agora você pergunta, e como se dá esse processo? As mitocôndrias são revestidas pelo mesmo tecido que reveste a glândula pineal , o maior sensório que consegue transformar onda eletromagnética em estímulo neuro-químico. As mitocôndrias são responsáveis pela respiração celular. Quanto mais mitocôndrias, mais respiração celular. Nosso stress, nossa raiva, angústia faz com que respiremos pior e assim não recebemos energia suficientes. Uma boa respiração garante uma mente mais tranqüila, mais apta a receber mensagens mediúnicas. “Mais uma razão para não fumar, porque as substâncias do cigarro fecham os canais de entrada de oxigênio.”

Finalmente o médico ressaltou que o melhor meio de melhorarmos nossa condição de vida e mediunidade é o estudo em relação a Deus e buscar nosso desenvolvimento mental, espiritual e moral, para que sejamos capazes de encontrar maneiras de não prejudicar outros espíritos buscando nosso bem.