EMPREGO, SALARIO E APOSENTADORIA NO BRASIL ( Na era da Globalização )

A Globalização da Economia, comércio e a ampliação do intercâmbio comercial e até cultural, com certeza trouxeram muitos componentes saudáveis à vida de milhões de cidadãos de todo o mundo, mas surgiram vários e novos problemas de difícil solução para as sociedades e para o nosso Brasil as mudanças introduzidas com a globalização e ampla utilização da informática e robótica.

O sonho de justiça social e desemprego-zero, imaginado por futuristas e estudiosos do passado, em suas conjecturas sobre um verdadeiro “paraíso na terra” sonhado por utópicos e defensores da socialização do bem comum, até agora não se tornou realidade, pois mais de 1/3 da humanidade vivem na miséria ou na periferia dela, sem nenhuma perspectiva de futuro ou dignidade humana, pois as grandes potências bélicas do mundo e fanáticos por guerras que falam em futuro e vivem com a mente voltada para as guerras sangrentas da idade média e da antiguidade, proporcionam trilhões de dólares em investimentos em aviões de combate de ultima geração, fuzis de alta precisão, mísseis e armas com mira - cirúrgica, bombas de elevadíssimo poder de destruição, mantendo hoje um arsenal atômico e nuclear capaz de destruir totalmente a vida na terra e torná-la inabitável para qualquer tipo de vida orgânica.

Todos os recursos financeiros e tecnológicos investidos na “tara” de um Armagedon seriam mais do que suficiente para erradicar a fome, a miséria e o desemprego na terra e acabar com o abismo abissal existente entre os poucos que detém bilhões de dólares e conforto de sobra e os bilhões de seres humanos que rastejam na miséria radical.

Refletindo sobre esta realidade, durante o meu curto período no congresso iniciei a elaboração de um estudo, visando elaborar um Projeto de Lei, acompanhadas de varias ações concretas, indicações ao Poder Executivo, no ano de 2001 eu chamava o Projeto de: Projeto de Dignidade Humana para o Brasil e consistia em uma ação conjunta dos poderes constituídos, em especial o Executivo e a iniciativa privada, as empresas que mais ampliassem a geração de empregos seriam premiadas, teriam retorno fiscal, tributário e tratamento diferenciado, e as que mais despedissem, compensariam com contribuições maiores, é óbvio, mas prevendo que não somos mais um país só de jovens, o Estado Brasileiro teria um prazo para recolocar os cidadãos discriminados pela idade no Mercado de trabalho para que pudessem continuar contribuindo com a previdência e caso o cidadãos ficasse mais que três meses desempregado após completar 45 anos o governo teria obrigatoriamente que aposentá-lo ou inseri-lo em uma Cooperativa de Produção fiscalizada pelo Estado e por organizações da sociedade civil, para evitar falência e desvios de recursos. Pelo meu Projeto seria ilegal e contra a lei não ter renda, porém o Estado teria parceira nesta culpa, até porque quando ganhamos dinheiro e somos bem sucedidos o Estado sempre é nosso sócio e arrecada os seus impostos e tarifas públicas. Não desisti do Projeto e voltei a estudar o projeto, fazer modificações e partir para buscar assinaturas suficientes que permitam remetê-lo a Câmara dos Deputados para que seja apreciado e votado.

Muitas pessoas poderiam perguntar: Porque não apresentou este Projeto quando estava na Câmara? Porém como era Suplente, acabei tendo que me afastar para que o titular reassumisse e não adiantaria só apresentar um Projeto para fazer média e ganhar votos se não tivesse praticidade, muitos faziam isso no Congresso, mas eu discordo disso, e todos os projetos que apresentei sempre tiveram objetivos práticos e de aplicação. Neste caso trata-se de um Projeto sério, que necessita ser aprofundado e trabalhado juridicamente para não ser rejeitado simplesmente como inconstitucional. As pessoas que trabalham, sonham e votam não podem continuar sendo enganadas por projetos mirabolantes e sem conseqüência prática.

Para se ter uma idéia há um Projeto na Câmara Federal, propondo a construção de um Campo de pouso para U.F. Os... Imaginem, os ETs sequer pagam impostos ou vivem na terra, se é que existem. Com todo respeito à crença de cada um, mas eu acho que o Projeto que resgata a cidadania de fato é mais importante que o aeroporto de ETs... Afinal não somos mais um país só de jovens e não podemos largar nossos idosos e pais de família no “espaço”.

Manoel Vitorio
Enviado por Manoel Vitorio em 16/04/2008
Código do texto: T948212