Caso Nardoni

Mal terminei de assistir ao noticiário e fui à cozinha. Marquei no relógio três minutos. Não passaram rápido, foram três minutos arrastados.

Fiquei imaginando como uma pessoa que por fora aparenta ser um ser humano, mas por dentro não passa de um monstro, psicótico e totalmente nocivo à sociedade, passa três minutos apertando o pescoço de uma criança indefesa de 05 anos, seja por qual motivo for.

Nada, absolutamente nada justifica tal ato.

No caso Nardoni, pouco se tem a descobrir. Os fatos estão claros. O que ainda fica na penumbra deve ser bem explicado por psiquiatras. Não consigo entender como um pai vê sua filha machucada, ferida, desfalecida e tem coragem de pegar uma tesoura, abrir um buraco em uma tela e jogar sua filha do sexto andar.

Novamente, não há justificativas.

Será que sentem remorso? Não acredito... não demonstraram nenhum tipo de arrependimento logo após o evento, não vão demonstrar agora.

O pai e a madrastra serão indiciados no artigo 121 - matar por motivo torpe. A meu ver, com atraso. Foi com atraso que as provas foram coletadas. E por favor, chega de chamar esse homem de pai de Isabella.

Um pai não faz o que ele fez. Não é conivente com o espancamento de sua filha até o desfalecimento e muito menos, termina o serviço jogando-a prédio afora.

Conivente também está a família, que sabia o tempo todo da verdade.

Queriam apenas proteger o Alexandre. Mas e a Isabella? Quem protegeu?

Segundo Ricardo Molina, "os peritos do caso Isabella estão igual cachorro correndo atrás do próprio rabo", relata o professor e perito Ricardo Molina a Rede TV.

O que estamos vendo é prova de que muita coisa mudou. Não só no Brasil, mas no mundo todo.

E seus filhos estão vendo tudo isso. Vá, abrace-os, reafirme o seu amor por eles, diga que eles podem contar com você, independente de qualquer coisa, que jamais você fará nada que possa machucá-los e que eles podes confiar em você, contando qualquer coisa e terem certeza da sua ajuda.

Agora, mais do que nunca, atitudes falarão mais do que palavras. E antes que eu não consiga terminar... Feliz Aniversário, Isabella!