MONTEIRO LOBATO; o visconde que nos ensinou a ler e a gostar de ler.

Quando cursava direito na Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, Monteiro Lobato, então fundador e presidente da Arcádia Acadêmica, era conhecido por seu fino e sutil “espírito a francesa” e por seu elegante “humor inglês”. A obra literária desse escritor é considerada um divisor entre duas escolas da literatura brasileira, entre os parnasianos e os modernistas, e pelas campanhas nacionais que fez, tendo como instrumento e arma de luta apenas seus textos e sua incrível disposição para os negócios comerciais. Outros três escritores também fazem parte desses chamados pré-modernistas; Euclides da Cunha, por suas incursões literárias na miséria sertaneja, Lima Barreto, por seus romances críticos e Graça Aranhas por suas teses. Entretanto, Monteiro Lobato é muito mais conhecido como o escritor das histórias infantis do Sitio do Pica Pau Amarelo. Sua vida, que durou apenas 66 anos, foi preenchida com atividades diversas e todas bastante arriscadas e ousadas. Algumas delas foram empreendimentos destemidos que resultaram em enorme sucesso; outros, em fracassos extraordinários com grandes prejuízos.

Além de escritor e editor, Monteiro Lobato foi advogado, promotor público, fazendeiro, dono de armazém de secos e molhados, como se dizia na época, e até foi sócio num negócio de estrada de ferro.Em Taubaté, onde nasceu, já sendo advogado, nos primeiros anos do século 20, planejava abrir uma fábrica de geléias. Desistiu e foi ser promotor público. Enquanto os negócios iam de mal a pior, sem desanimar, planejava explorar comercialmente o Viaduto do Chá, em São Paulo, onde a população pagava 3 vinténs para atravessar o rio Anhangabaú e freqüentar o Teatro Municipal e algumas lojas comerciais daquela região.Naquela época, por volta de l912, também escrevia para jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre eles a Tribuna de Santos, a Gazeta de Notícias e a famosa revista Fon-Fon, para onde mandava caricaturas e ilustrações diversas.Os desenhos de Monteiro Lobato, publicados nessa revista que viveu até l958, estavam na boa companhia das ilustrações feitas por Di Cavalcante e pelas do maior ilustrador de todos os tempos, J. Carlos.

A totalidade dos livros infanto-juvenis que Monteiro Lobato escreveu constituem-se, mais ou menos, na metade de toda a sua obra literária, em torno de 50 livros, e que tem inicio com a edição de Urupês, uma série de contos publicados no jornal O Estado de São Paulo, com o personagem Jeca Tatu. Esse personagem brasileiríssimo, é exatamente o oposto daqueles idealizados pelos escritores da chamada literatura romântica,como por exemplo José de Alencar, onde todos eles são homens decididos, intrépidos e heróicos; índios e caipiras. Jeca Tatu representava o oposto; era o símbolo do atraso e da miséria do Brasil rural. Jeca Tatu, o grande preguiçoso.

Morando em São Paulo e dedicando-se cada vez mais a escrever, Monteiro Lobato publica o artigo “Paranóia ou mistificação?”, uma dura crítica as influências do que ele chamava de “futurismos” nas obras de Anita Malfatti que a pintora expunha, com outros artistas norte-americanos, uma “atitude forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e Cia.” Assim tornou-se inimigo dos modernistas da “Semana de 22”. Não fora compreendido, entretanto. Monteiro Lobato criticava os “ismos” e as “europeizações”, tanto quanto eles. Não fora compreendido pelos modernistas, mas eles, porém, tratavam do mesmo assunto; estavam do mesmo lado da polêmica. Anos depois, reconciliaram-se.

Monteiro Lobato editor sempre dizia que os livros são como a sobremesa. Devem ser colocados debaixo do nariz do freguês. E tratava os livros como produtos de consumo; com capas coloridas, atraentes e com produção gráfica bem-acabada. Pensando assim põe em prática um sistema inédito de venda de livros, criando equipes de vendedores autônomos e nomeando distribuidores em todo o Brasil. Isso em 1918, quando então sua editora a Monteiro Lobato & Cia. publica Urupês. Rui Barbosa, num discurso durante sua campanha eleitoral em 1919, disse que Jeca Tatu, personagem de “Urupês”, “é o protótipo do camponês brasileiro, abandonado à miséria pelos poderes públicos”. Muitos outros livros - crônicas, críticas e artigos diversos - foram escritos e editados, e só em 1920 é que ele publica “A Menina do Narizinho Arrebitado”, sua primeira obra infantil cujo personagem Lúcia torna-se mais conhecido como a “Narizinho do Sítio do Pica Pau Amarelo”. Editor arrojado para a época, Monteiro Lobato além de lançar esse livro no mês de dezembro, para aproveitar a época do Natal, das compras dos presentes, ainda distribuiu exemplares em várias escolas gratuitamente. Um fato inédito. Todos os outros livros infanto-juvenis vieram depois, e devido ao sucesso deste e das altas tiragens de vários outros, ele importou novas máquinas impressoras dos Estados Unidos e da Europa. Porém, no Brasil do início do século XX, havia falta de energia elétrica e períodos de racionamento com horas de duração o que impedia o funcionamento das novas máquinas impressoras. Com a produção parando a todo instante os prejuízos foram se acumulando. Não bastasse isso, o presidente Artur Bernardes deu-lhe o golpe mortal com a desvalorização de nossa moeda e a suspensão dos descontos de títulos no Banco do Brasil. Em 1925 Monteiro Lobato vai a falência. Mas ainda não é derrotado. Muda-se para o Rio de Janeiro e funda a Companhia Editora Nacional, ainda hoje em atividade. Dona Benta, Pedrinho, Tia Nastácia, Visconde de Sabugosa, Emilia são os personagem que vão surgindo em novos livros de sucesso.

Alguns anos depois, em 1927, Monteiro Lobato é nomeado, por Washington Luis, adido comercial do Brasil nos Estados Unidos, e vai morar em Nova Iorque, sem se desfazer da editora, e escreve outros seis livros que serão publicados em 1931.

Sua permanência nos Estados Unidos instiga ainda mais seu espírito empreendedor e sua visão de futuro. Entusiasmado com tudo o que via nas visitas que fazia as fábricas de automóveis da Ford e da General Motors, em Detroit, funda uma empresa para produzir aço, com ações na Bolsa de Nova Iorque. Com a crise de 1929, Monteiro Lobato, quebra mais uma vez e vende suas ações da Companhia Editora Nacional. Mas ainda não desiste de realizar os projetos que sempre tem em mente. Volta para o Brasil e em São Paulo funda a Companhia Petróleos do Brasil, em 1931. Uma das sondas da empresa, em Alagoas, em l936, faz esguichar o primeiro jato de gás de petróleo no Brasil, apesar de ter sido interditada pelo Governo Federal, afinal gás não é petróleo e contrariava a política oficial do governo brasileiro que afirmava ser impossível haver petróleo no Brasil. Isso porque se houvesse, os americanos já teriam descoberto, afirmavam categoricamente a elite empresarial e o Governo. Esse argumento estapafúrdio, entretanto, não era compartilhado por todos os empresários e por grande parte da população. Assim, Monteiro Lobato aproveita o entusiasmo do mercado e funda outras empresas cujas ações são rapidamente subscritas, entre elas, a Companhia Petróleo Nacional, a Companhia Petrolífera Brasileira e a Companhia de Petróleo do Sul, e, a maior de todas, a Companhia Mato-grossense de Petróleo. A idéia era perfurar poços próximos a fronteira com a Bolívia, país que já tinha encontrado petróleo. A lógica era simples: se lá tem, aqui também deve ter, pois um lençol de petróleo não sabe quais são as fronteiras dos países. Ainda hoje, porém, há quem diga que aqui na nossa Amazônia não tem petróleo, só tem na parte que fica na Venezuela. Os interesses nesse setor parecem ainda sendo os mesmos da época de Monteiro Lobato; com novas e mais sofisticadas políticas econômicas, certamente, inexistentes no Estado Novo.

Alguns anos, depois de muitos investimentos e de uma luta permanente para provar suas idéias, finalmente, o petróleo jorra no Brasil. Uma das empresas de Monteiro Lobato consegue perfurar um poço petrolífero num bairro de Salvador chamado Lobato; apenas uma estranha e curiosa coincidência de nomes.

Essa descoberta, porém, ameaça prejudicar interesses de pessoas muito importantes na política brasileira ligadas a empresas estrangeiras. Numa carta enviada ao presidente Getúlio Vargas, Monteiro Lobato diz: “denuncio as manobras da Standard Oil para senhorear-se das nossas melhores terras potencialmente petrolíferas, confissão feita em carta pelo próprio diretor dos serviços geológicos da Standard Oil of Argentina, que é o tentáculo do polvo que manipula o Brasil. E isso com a cooperação efetiva do sr. Victor Oppenheim e Mark Malamphy, elementos seus que essa companhia insinuou no Serviço Geológico e agora dirigem tudo lá, sob o olho palerma e inocentíssimo do dr. Fleuri da Rocha. É de tal valor a confissão, que se eu a der a público, com os respectivos comentários, o público ficará seriamente abalado”. Com muitos adversários e alguns poderosos inimigos, Monteiro Lobato, desgostoso, e mesmo empobrecendo e doente não abandona a luta pelo que acreditava; que com o nosso petróleo seria possível dar ao povo condições de ter um padrão de vida de acordo com as suas necessidades. E em meio a todas essas dificuldades continua sua trajetória literária escrevendo muitos livros mais, entre eles a “História do Mundo para Crianças”, uma obra criticada, censurada e perseguida pela Igreja Católica.

Em l936, Monteiro Lobato ingressa na Academia Paulista de Letras e lança o livro o “Escândalo do Petróleo” acusando o Governo de Getúlio Vargas de não perfurar e de também não deixar perfurar o solo brasileiro em busca de petróleo. Getúlio então proíbe a venda desse livro e manda apreender os exemplares de todas as edições,que já eram muitas, pois a obra fazia enorme sucesso. Curiosamente porém, por razões que deveria entender politicamente correta, três anos depois, Getúlio Vargas convida Monteiro Lobato para assumir o Ministério da Propaganda. Ele não aceitou. Continuou escrevendo e denunciando até que foi preso e condenado a cumprir pena de seis meses de prisão por desrespeitar e desmoralizar o Conselho Nacional de Petróleo. Mesmo tendo recebido redução da pena para três meses, graças a um intenso movimento feito por seus amigos e por muitos intelectuais, Monteiro Lobato continuou criticando e denunciando as mortes e as torturas praticadas pelo Estado Novo. Em 1943 Monteiro Lobato perde seu filho mais velho, morto 3 anos após a morte do primeiro; perde também suas empresas e aproxima-se do Partido Comunista tornando-se diretor do Instituto Cultural Brasil-URSS. Mas, após ter sido operado as pressas de um cisto no pulmão, vai morar em Buenos Aires depois de aceitar o Convite de Caio Prado Junior para que fosse seu sócio na Editora Brasiliense que preparava a publicação de suas obras completas já traduzidas para o espanhol.

Eurico Gaspar Dutra era o Presidente do Brasil quando Monteiro Lobato retorna ao país chamando esse governo de “Estado Novíssimo” e escreve seu último livro, “Zé Brasil”, uma reelaboração do personagem Jeca Tatu, agora um trabalhador sem-terra. Em 1948 Monteiro Lobato sofre seu primeiro espasmo vascular, uma espécie de AVC; mesmo com as restrições de movimentos que o faziam sofrer, dificultando suas atividades, principalmente a de escritor, continua escrevendo. Alguns dias depois, um segundo espasmo mata Monteiro Lobato com 66 anos de idade, no dia 4 de julho.

Entre os livros escritos por Monteiro Lobato, um deles, “O Presidente Negro”, pouco conhecido, hoje me chama atenção, pois parece ser uma antecipação da atual campanha política para eleger o presidente da república nos Estados Unidos, guardadas as características da ficção. Esse livro foi escrito em 1926, como resultado das observações e da vivência de Monteiro Lobato em Nova Iorque quando ficou bastante impressionado com o racismo americano de negros e brancos odiando-se mutuamente, ainda mais comparado com o harmonioso e hipócrita preconceito racial brasileiro. Naquela época, também estava acontecendo nos Estados Unidos uma intensa campanha promovida pelas mulheres americanas para terem direito a votar. O próximo presidente americano, em 2009, será o 44º; no livro de Monteiro Lobato o 88º; e são três candidatos disputando o poder: o Presidente em exercício, à reeleição, uma mulher branca e um homem negro. Os partidos, o Feminino e o Masculino, dividiram-se em disputas internas e enfraqueceram a força política da população branca, possibilitando assim a eleição de um candidato negro. Os brancos porém, inconformados com a derrota, principalmente para um negro, concebem um plano sinistro: esterilizar toda a raça negra através de um sistema de alisamento de cabelos. No livro, a história da eleição do 88º Presidente dos Estados Unidos é contada por um funcionário de uma empresa paulista com o curioso nome de Sá, Pato & Cia. Ayrton, esse funcionário, aprende a desvendar o futuro com Jane, filha de um cientista, o professor Benson, inventor do “porviroscópio”; uma máquina que permite saber tudo o que acontecerá no futuro. Jane então, nas reuniões que faz com Airton, vai mostrando para ele todos os acontecimentos da campanha eleitoral do ano 2228. Ayrton, já apaixonado por Jane, deverá então com as narrativas dela, escrever um romance sobre a campanha política e a solução final engendrada pelos brancos para esterilizar os negros nos Estados Unidos.

Monteiro Lobato foi um homem inquieto, empreendedor, polêmico; sempre escreveu e disse o que pensava, com duras críticas aos governantes e a população brasileira sem jamais preocupar-se em chocar, ofender ou agredir alguém. Dos livros que compõem “O Sítio do Pica pau Amarelo ao “O Presidente Negro” Monteiro Lobato atinge os extremos; da ternura a ofensa, da ficção baseada em personagens e ambientes do interior do Brasil, num contexto social que conhecia muito bem, a ficção pura sobre o futuro de uma nação e de uma sociedade que pouco conhecia. A ficção que nos coloca hoje diante de uma semelhança real quando um homem negro e uma mulher branca disputam a presidência dos Estados Unidos, ainda que sem os motivos e sem as artimanhas políticas da ficção do livro de Monteiro Lobato.

Era admirador de Karl Marx mas também se encantava com o capitalista Henry Ford e os automóveis que fabricava. Era um empreendedor liberal mais também um fazendeiro conservador. Exaltava a Europa, sua cultura e sua arte, mas era também contra o “eurocentrismo” que os modernistas da Semana de 22 também criticavam.Era amigo de Oswald de Andrade, que era seu profundo admirador. Mas essa admiração e amizade só aconteceram depois de alguns anos; bem depois de Monteiro Lobato ter escrito no Diário da Noite, um jornal paulista, sobre o livro que Oswald de Andrade lançara: “apareceu em São Paulo, como fruto da displicência de um rapaz rico,....”. Nacionalista convicto, criou personagens e histórias de acordo com a cultura e o folclore brasileiro, mas também foi tradutor de autores internacionalmente famosos entre eles Rudyard Kipling e Jack London. Sobre Monteiro Lobato bem disse Orígenes Lessa: "Lobato nunca fez literatura por literatura. Poucos escritores botaram tanta intenção, tanto sofrimento, tanta preocupação, tão sério amor, nos seus livros e nos seus artigos, como o fez ele, em sua literatura combativa e tantas vezes combatida". Monteiro Lobato sempre foi polêmico e polemizou mesmo depois de sua morte e no exato dia de seu enterro, depois de levar centenas de milhares de pessoas a acompanhar o féretro pelas ruas de São Paulo até o Cemitério da Consolação. Conta bem os fatos desse acontecimento seu amigo Enio Silveira.“Eu era amigo do Lobato, portanto, vocês hão de compreender que, por mais do que profundas e dolorosas razões, compareci ao enterro e fiquei o tempo todo grudado ao caixão. Foi, para dar uma pálida idéia, um enterro comparável ao do cantor Francisco Alves; multidões, multidões. Calculo que havia umas duzentas mil pessoas da cidade de São Paulo. São Paulo parou. A morte de Lobato – não é Getúlio Vargas não, é um escritor que morreu – parou a cidade de São Paulo, o centro da cidade, as lojas espontaneamente fecharam as portas. Aquela massa compacta subindo a Consolação – vinda do centro da cidade, no cemitério, esperando o enterro. Estive onde foi velado o corpo, em Campos Elíseos, depois fui para o cemitério esperar. Pois chegou aquela multidão, fervendo, compacta, sólida, e então fiquei ao lado do túmulo vendo aquela cena maravilhosa. O Lobato era, entre outras coisas fascinantes, acusado de comunista; ele não era propriamente comunista, mas simpatizava com o partido. Ele foi muito atacado pela Igreja, o Lobato foi muito acusado. Não era membro do partido, mas era muito amigo de comunistas e sempre esteve ao lado do partido nos momentos mais difíceis. Mas, ao mesmo tempo, ele era espírita e comparecia às Sociedades Espíritas - ia para a Europa em espírito -, acreditava no além, kardecista, não sei o quê, mas espírita. Era, ao mesmo tempo, barão rural, da aristocracia rural, ele era visconde, se houvesse o Império ele ainda seria visconde. Também era membro de uma Sociedade Agrícola de São Paulo, do Clube Piratininga e de outras coisas que reuniam a aristocracia rural paulista. Era também bom escritor, portanto tinha a sua grei de escritor-jornalista. Ali, “namorava” também alguns trotskistas, que por isso o julgavam trotskista. Bom, então, esta fauna diversa, multifacetada, se reuniu ali, à beira do túmulo. Quando iam descer o corpo, um pouco antes, pediu a palavra arrebatadamente o Rossini Camargo Guarnieri, poeta, membro do Partido Comunista:

- Camarada Lobato - era ditadura, o partido era ilegal -, estamos aqui, teus irmãos, não apenas para chorar por ti, mas para dizer que jamais morrerás, que estarás vivo na consciência do povo, no coração do povo, como um batalhador, como um companheiro…

- Perdão, companheiro não! Lobato era trotskista – era o professor Phebus Gikovate. - Canalha, filho da puta …

Principiaram aí cenas de pugilato, soco, caíram os dois, e

rolaram no chão, o Gikovate e o Camargo Guarnieri caíram na cova aberta. Uma cena de filme de Felini. Quando tiraram os dois, um sujeito do Clube Piratininga disse assim:

- Não, o senhor Lobato era da fina aristocracia, se tivéssemos ainda o Império, ele seria um nobre, nobre por dentro e nobre por fora. Lobato…

Era uma gritaria. D. Purezinha, viúva do Lobato, chorava, na verdade, não sabia se chorava ou ria. Eu achando que o Lobato gostava muito dessas cenas, estava me divertindo imensamente.”

Esse ano de 2008, no mês de julho, faz 60 anos que morreu Monteiro Lobato; que ensinou a ler, talvez uma geração, a gostar de ler, quem sabe só a metade, e a muita gente, porém, a compreender melhor quase tudo.

CESAR CABRAL
Enviado por CESAR CABRAL em 24/04/2008
Código do texto: T960329
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