AS MULTINACIONAIS E O DESTINO DO MUNDO

Segundo uma estatística da ONU, das 100 maiores economias do mundo, 40 são empresas e não países. Ou seja, existem empresas multinacionais que constituem economias maiores do que grandes países.

Essas corporações, na defesa de seus interesses, com freqüência interferem nos destinos de países em desenvolvimento. Na Guerra do Vietnã (1961-1975), houve uma intensa propaganda ideológica justificando a intervenção dos EUA no Vietnã sob a argumentação de que era um recurso para conter o “avanço do comunismo patrocinado pela União Soviética”; anos depois se descobria que, na verdade, a guerra fora patrocinada por empresas multinacionais estadunidenses, especialmente as indústrias bélicas.

Em 11/09/1973, o governo de Salvador Allende, no Chile, foi derrubado por um Golpe Militar patrocinado por multinacionais estadunidenses que tiveram seus interesses contrariados pelo governo chileno. Essas empresas contaram com o apoio direto da CIA (serviço de inteligência do governo dos EUA).

Avançaríamos indefinidamente relatando casos de interferência dessas corporações nos destinos de nações, inclusive do Brasil, provocando guerras, golpes e semeando injustiças sociais. Contudo, concluiremos este texto com uma pequena informação sobre os acontecimentos políticos no Iraque pós-guerra: as multinacionais que financiaram a eleição e manutenção de Bush no poder e a Guerra do Iraque, descaradamente, ganharam as licitações para reconstruir aquele país...