A morte de uma flor

Publicado por: Leonardo Antunes
Data: 29/11/2006

Créditos

"A morte de uma flor" - Leonardo Antunes

A morte de uma flor

Num prado áureo, morre uma flor -

Lábaro redolente de seu mundo.

O viso, dantes pulcro em vida e ardor,

Aos poucos, transmutando-se em um dos

Tantos nadas que flanam sem destino.

Não há mais flor, não há! Não há mais nada.

Seu manto alvinitente e velutino

Espedaçado ao vento da geada.

Esfalecido, como morto, o corpo

Que um dia a bela fronte apical

Lhe soerguera além do arqueador.

Que o gravem as marés transcedentais:

Num prado áureo, morre uma flor -

Silenciosa incógnita do caos.

(www.eugraphia.com.br)

Leonardo Antunes
Enviado por Leonardo Antunes em 29/11/2006
Reeditado em 29/11/2006
Código do texto: T304424