Pressinto que a paz imensa que havia
perdeu-se no além, pois nunca me acena,
e nessa aflição destruo a poesia,
os versos que fiz na tarde serena.
Almejo encontrar a altiva alegria,
que foge de mim e só me envenena.
Ostento no olhar a lágrima fria,
aos poucos desprezo a vida terrena!
Restou a tristeza, intensa e infinita,
que nubla a emoção do escrito que exponho,
e, assim, aniquila a essência do sonho.
Restou a saudade infinda que grita,
em todo retrato antigo, mirrado,
frisando o vazio, expondo o passado...
Janete Sales Dany
Atividade
Fórum do Soneto
TRILHA DE SONETOS LVI-