Eu vivo entre a cruz e punhal,
como diz o ditado. Sou apenas
um, entre bilhões de mundo
Sou eu mesmo que digo, com
Com clareza de sentido,
Sou caco em meio aos cacos, nisso acredito
A dor me traspassa, alcança o cerne
dos meus sentidos. Minha alma voa,
lançada de lá para cá, e a brisa sopra meu rosto
de uma lagrima ferida, destilo-me
de uma gargalhada antagônica, construo-me
no amargo vinho feito a martelo, me lambuzo
e me lavo na inocência de um mero e despretensioso olhar
a vida é cruelmente doce, mas é
como diz o ditado, rapadura é doce,
mas não é mole não.
Então, em oposição aos ditames,
Senão aos eternos mandamentos,
Fonte de sabedoria eterna, me garante
sobretudo, nessa opinião.
Tudo homem deveria ser livre, ainda
Que lhe custe a vida, pois o que é a vida,
Se não houver liberdade para ser e viver?