Por onde andas, ó poeta? Preciso de ti Conceda-me uma dança Pode ser um bolero de Ravel Não te procurei em tuas poesias Pois fazes parte das minhas Quero o teu sorriso, O mais lindo que houver Deixa as lágrimas para depois Quero-te agora, debaixo dos lençóis. Bem coladinho e juntinho de mim. Quero beijar a tua boca de carmim Por onde andas, ó poeta? Quero-te nesta noite de paz Passear neste teu corpo Que tanto bem me faz E beber em um copo O licor que jaz E em teus braços quero mais Nos lençóis de sedas, os teus ais.
Por onde andas, ó poeta? Preciso saber, Pois não te quero esquecer.