Relíquia

Publicado por: Angelo Carvalho
Data: 29/04/2010

Créditos

Texto: Relíquia Letra e música: Ângelo Carvalho e Antônio Carlos de Carvalho(Canhoto e Irmanyto) Voz: Rildon e Nildon

Relíquia

Carro de boi com seu gemido triste

Já não se vê passando no estradão

Já não se ouve o grito do carreiro

Já não se vê porteira no grotão.

Sinto saudade do velho berrante

Que parecia uma triste canção

Hoje está mudo e virou relíquia

Sobre a parede de uma mansão.

Se eu pudesse, estaria carreando

Com o meu carro cantando lá no alto do espigão

Enquanto as rodas duetavam seu gemido

Ouvia um berrante doído ecoando no sertão.

Esse carro logo ali na frente

É uma herança que guardo comigo

Gravou-se tantos anos de rodagem

No eixo fino já quase partido.

Aqueles bois seguiram seu destino

Numa jamanta para o triste fim

O que me resta é o carro velho

Emudecido e triste em meu jardim.

Se eu pudesse, estaria carreando

Com o meu carro cantando lá no alto do espigão

Enquanto as rodas duetavam seu gemido

Ouvia um berrante doído ecoando no sertão.

Angelo Carvalho e Antonio Carlos de Carvalho
Enviado por Angelo Carvalho em 25/03/2010
Reeditado em 23/09/2011
Código do texto: T2158742
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