O sol de outono clareou
A espuma da maré
Que o vento desmanchou na areia.
No céu, azul-abril:
Certeza que surgiu
No peito sonhador.
Veja só:
O sol, que é seu e meu,
Ardia os passos no mar,
Calor de quem sofreu perda,
E que agora se mantém
Perene e cru, mais além.
(talvez soubesse mais...)
Deixa.
Fala o coração
O que a razão não quer saber,
E quando vê,
Se vê notícia de um jornal jogado fora.
O sol de outono serenou,
Espuma não se vê.
O barco atracou na areia
E o céu enluarou.
Será que o amor
Perdeu o seu refrão?
Letra: João Macambyra / Música: Alexandre Vídero