O CÉU FICA LÁ NA FANTASIA

Às vezes costumava ver

A imagem de Papei Noel

Às vezes costumava ser

Capitão de um barco de papel

Às vezes costumava ser um pistoleiro

Contra índios e bandidos fazer tiroteio

Às vezes costumava ser um marechal

Outras vezes fuzileiro da base naval

No tempo um sonho que ficou

Perdido entre arranha-céus

Eu hoje procuro entender

Essa imensa Torre de Babel

E me envolvo no silêncio deste estranho mundo

De rostos assustados e lábios tão mudos

Que me vem uma vontade de me libertar

Dar a volta no relógio e no tempo voltar

O céu fica lá na fantasia

Onde mora a alegria

Onde se pode sonhar

E viver sem sentir medo da morte

Sem se lamentar a sorte por não ter nada a perder

Às vezes eu costumo ver

Perdidos entre arranha-céus

Às vezes eu costumo ser

Uma própria Torre de Babel

E me envolvo no silêncio deste estranho mundo

De rostos assustados e lábios tão mudos

Que me vem uma vontade de me libertar

Dar a volta no relógio e no tempo voltar

O céu fica lá na fantasia

Eu passei por um dia

Fui criança uma vez

De Edson Lopes