O Sol era extremamente quente que fazia ilusões com a mente dos menos preparados, pois a sede era extrema e caminhar longos quilômetros em um deserto tão árido não era tarefa fácil, mas para aqueles que resistiam havia um cidade aonde todos saciariam tal sede, afinal a água era farta pra que viviam em Rotture.

Os rios místicos que brotavam no plano espiritual levava a água sagrada para todas as moradas da cidade, e na praça central surgia uma fonte que jorrava uma água iluminada, que a noite era um apresentação a parte, com seu encanto.

As pessoas que ali moravam viviam uma vida pacata e serena, mesmo com o sol forte que ate mesmo no inverno não dava um trégua, seu regente era Omero pulso firme com uma política estrategista.

- defender o povo a todo custo”

- assim dizia, mantinha a cidade a salva dos bardeneiros que vinham saquear a cidade, Omero se destacava por ser um homem franzino de cabelo grisalho, mas com espírito forte que sempre lutou nunca negou uma briga para defender o que acreditava, e por isso se tornou o regente de Rotture.

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- Apresse se meu senhor o dia e longo, a muito que fazer – dizia à mulher que abria a janela deixando o sol entrar

- hoje não me levanto daqui Sophia. – preguiçosamente disse o homem ainda com os olhos fechados

- e quem vai em seu lugar à casa da lei. – tenho meus assessores – ria com um sorriso infame

- Sr. Omero levante dessa cama agora mesmo. – a mulher com uma expressão de indignação mirava um serio olhar.

- ok, ok. Já levanto Lucinda.

Desde sua posse Omero não tinha tido um dia de paz e descanso sempre se preocupando com os problemas alheios, mesmo assim levantava-se e ia a casa da lei, e julgava o que era certo entre o povo e sempre se achando justo, até agora.

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De banho tomado e barba feita, pegava sua espada, embainhava em sua cintura, a espada lhe dava o poder do povo, o símbolo Maximo sobre a regência daquela cidade, era uma honra ate o fato de apenas segura-la, carregá-la já era um sinal de poder

– ande senhor, seu transporte o aguarda. Diziam Lucinda – Omero morava nas colinas de Himmel, aonde tocar o céu era apenas um desejar, e nas alturas era necessário um meio de transporte em particular que transpassava o vazio do abismo.

Tal engenho era chamado de Krafthi, a arca-voadora, feita de madeira, com detalhes em cobre envelhecido, sua forma se mesclava a formas pontiagudas e ovais, aonde formava na proa um enraizado de madeira que lembrava o movimento do fogo, e logo acima um balão enorme com couro de pegasus que faziam a grande arca flutuar, era motivo de seu maior orgulho, com aquela arca muito havia conhecido, e guerras havia vencido, é seu bem mais antigo e o que o prezava mais, e assim, o único modo aéreo que Omero aceitava. Odiava voar em quimeras, apesar de sua grande velocidade que esses seres alados apresentavam, nunca sabia o que o aguardava, impulsivas e selvagens, com temperamento muito forte.

- ande Ralphaum. bota essa arca para voar

- dizia Omero ao jovem rapaz que manobrava tal nave, Ralphaum era a única pessoa que Omero permitia navegar sua Krafthi. Pois muitas aventuras já haviam vivido juntos, desde a guerra onírica e as fronteiras escuras.

- vamos rapaz, o dia me espera.
- Agora mesmo capitão Omero.

Ralphaum soltava as amarras, diminuindo o peso e fazendo a maquina suspender.

- é melhor segura capitão, estamos indo. – trepidamente a arca alçava os céus levando ao caminho do sol.