Já havia descarregado dúzias das caixas que deveria descarregar, lançava sobre esteira que levava para dentro da loja, o cheiro de peixe era forte, trabalhava em uma peixaria próxima ao porto, já fazia alguns anos que ali estava, tinha o melhor da noite e do dia. Entrava as quatro da madrugada e sai as dez da manhã, era um bom horário. – pra que dormir? - Pensava consigo.

Achava que dormir era uma perda de tempo, acreditava assim talvez por que seus sonhos nunca foram agradáveis, sempre sonhara com lugares sinistro e pessoas nefastas, a muito não sabia o que e era um sonho bom, seus pesadelos estavam longe de uma atmosfera agradável.

Acabava de descarregar a ultima caixa, foi tomar um banho e tentar tirar aquele cheiro forte do corpo, em baixo do chuveiro as lembranças iam e vinham. A cicatriz na mão era lavada com água corrente, o fato de não se lembrar da onde havia conseguido tal cicatriz o fazia ficar com o pensamento distante tentando achar uma razão lógica, mas nada servia como resposta, resposta essa que saciariam todas as suas duvidas. Um cheiro acrimonioso Adentrava o banheiro, uma sensação de Déjà vu passara pela sua mente. fechou o chuveiro, havia pensado que alguém o havia chamado. Olhou para trás e viu somente o vazio. Virou se de novo em direção da parede abriu o chuveiro e deixou que a água cai-se em seu rosto.

As unhas vermelhas que acompanhavam uma pele extremamente branca arranhavam a nuca. Uma mistura de medo e volúpia, havia o tomado, ao se virar a deusa do fogo o acariciava, o cabelo vermelho parecia ter vida os olhos cor de mel o seguia, e a boca, tomara de assalto. Mãos e bocas escorregavam com a ajuda da água, o vestido vermelho havia se tornado bordo, a água havia tomado todo o corpo da mulher, aquilo estava deixando o rapaz fora de si.

- Pobre alma perdida vê que ainda não descobriu o caminho. - Dizia a mulher, novamente uma sensação de Déjà vu havia o tomado. “a alma perdida” - aquela frase suava familiar. Olhou nos olhos da bela mulher, e viu sua vida inteira, e um futuro ainda desconhecido, ela fazia parte dele, como ele parte dela. Ele se via queimando em um fogo eterno. O medo fez o rapaz se afastar, dando as costas a mulher, quando voltou a vê-la, pequenos esporos calcificados havia tomado a pele dela que agora era totalmente vermelha. Sua pressão havia abaixado, ficou tonto, cambaleou . Esfregando os olhos, sabendo que havia visto o surreal. Aquilo era insólito. Ao recupera as pernas virou-se novamente para o a nefasta vermelhidão e novamente o vazia tomava o lugar que lhe era de direto.

Duas horas havia se passado Alphonse ainda estava com o rosto ardido, afinal uma tapa de Dimitria não era apenas uma tapa, era uma marca, que funcionava como uma má lembrança, mas o beijo que havia recebido deixava tudo em sua ordem natural, com o pensamentos longe Alphonse ficava, sentando no alta da balsa admirando a noite.

Ali era a morados dos eleitos, conhecidos como caçadores da noite, era uma balsa enorme que vagava pelo mar, indo de porto em porto, a melhor forma de se defender daqueles que vivem a eternidade.

Erich adentrava quebrando o silencio. – Alphonse, aquele hotel era um ninho como você Havia dito, o dono era um demônio do primeiro circulo tentando se dar bem com ajuda dos carne podres, já botamos o prédio abaixo e damos um fim em todos. Alphonse despertara do tranze.

- ótimo Erich, menos problemas para nos preocuparmos, agora diga-me como esta Dimitria?
– muito brava, mas você sabe com ela é, depois passa. O jeito e deixá-la esfriar a cabeça, você sabe que ela gosta de você, mas não confia em ninguém. E pra ela se sujeitar aquele carne podre foi algo péssimo, você sabe como o povo dela é em relação a isso. – isso eu sei, então, como anda com a caçada a Asdrúbal o que têm a dizer as outras equipes. – nada, não conseguimos nada, desde porto rico. - Ele deva ta aprontando alguma coisa grande. - Isso não tem duvida. A uma movimentação entre os meios sobrenaturais que esta fora do comum, mas nada preocupante as outras células estão trabalhando dobrado para ver o que esta acontecendo.

Dimitria estava em estado de lotos,a meditação profunda tomava conta de sua alma, imagens e formas evadiam seu pensamento ate o momento que encontrava o vazio, agora estava una com o seu universo interior assim eliminava toda raiva e frustração, controlava a raiva se sentia centrada pronta pra desperta agora estava junto com o Grande Espírito.

(criticas e sugestões são sempre bem-vindas, como disse sou um iniciado, deixe seu comentario)