Pessoas Especiais

Publicado por: Manuel Marques
Data: 16/09/2007
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Autoria e Voz: Manuel Marques
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Pessoas Especiais




Para quê o rancor acumulado se depois ele vai sair para cima daquelas pessoas que apenas nos tratam bem, evitando que o mundo nos caia em cima. Parece até que vivem num campo de batalha, alegremente despreocupados com a morte, apenas e só porque querem defender um amigo.

Egoísmo, o rancor nem sequer devia fazer parte do contexto das relações entre pessoas que supostamente são especiais, mas faz, mesmo que indirectamente, e em vez do real criminoso paga o distribuidor de afectos de serviço. Ainda mais curioso se torna que quanto maior é o grau de confiança maior a tendência para colocar o pé em cima. É tempo de parar para pensar e reflectir.

E na vida que se quer longa e com saúde, é incrível a quantidade de erros cometidos que olvidam um facto importante: viver. Perde-se mais tempo em provocações fúteis do que em tentar entender qual a melhor forma de acalmar o próximo. É verdade mesmo, entre amigos também há que saber respeitar o espaço mais intimo de cada um, de saber abordar com alguma subtileza certos assuntos que podem ser melindrosos se mal direccionados. Urge colocar de lado a natural tendência de agir como se fossemos donos da razão, de impor sentimentos de forma negativa. A resposta será sempre má quando se remexe em feridas sem que haja esforço em aprender com os sinais que possam já ter sido apresentados e depois há sempre reacções adversas que suscitam radicalismos provenientes do medo. Tiram-se conclusões erradas por não se saber olhar e perceber que a mera entoação de uma palavra pode provocar convulsões desnecessárias, ou bem colocada a profunda confiança do receptor do estímulo.

Até posso ser um homem de iras e candidato a um AVC, mas apenas há desejo de conquistas positivas, afectos diários e as necessárias purgas a quem deixa de pertencer a um certo imaginário onde, longe da perfeição, sentimos tudo em harmonia. Convém então olhar, mas com olhos de ver, sentir, adivinhar intuitivamente para que possamos criar novos capítulos nessa história de puro prazer que é a vida. Mais não seja devíamos pensar que há tanta gente que nunca chega a sentir o que é viver que nos devíamos dar por satisfeitos com o que temos.

Desejo apenas os amigos, as conquistas diárias de cada beijo e de cada abraço, que o coração não se transforme em pedra, que a saúde abunde e que valha a pena prescindir da vida por alguém por quem sintamos amor de verdade.

No silêncio da madrugada apenas avisto as pessoas especiais que habitam, mesmo que inquietas, no meu coração.

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Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 07/06/2007
Reeditado em 10/01/2008
Código do texto: T517775
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