A esperança que nos traz a mulher

Olho o despertar matutino e foco na luz do sol, antes ela era vermelha no meio das nuvens, depois reflete um dourado como o mais belo metal. Aos poucos tudo vai se amainando e se torna claro e luzidio. Poucas são as nuvens carregadas de chuva, no momento, mas há a esperança de que durante o dia a água venha a torrenciar o chão, alagando os rios, molhando o verde da cidade e das matas próximas, refrescando o calor intenso desses dias. Silencio o meu pensamento e apenas observo a paisagem local, as árvores cheias de folhas, os pássaros voando por todos os cantos, são só alegria, com os seus cantos ora suaves, ora estridentes. Quando a paz se une ao sentimento, os pensamentos fluem com calma, na paz e na igualdade da busca a si mesmo, sem temor. Há um silencio no meio a tanto ruído, assim como um sábio disse certa vez, que o silencio transcende a toda a aparência dos barulhos, quando emudecemos os axiomas que criam toda essa ilusão. Compreendemos aquilo que somos aos poucos e buscamos sempre mais, pois nosso ser insaciável quer penetrar o âmbito de todos os segredos, pois a existência precede no mundo a vida e manifesta pelo nosso interior, uma força poderosa de luz e amor. A natureza que aparece fora, está dentro da gente, pois como diz a sabedoria antiga, o que há em cima há embaixo, o que há dentro há fora, tudo faz parte de um grande ciclo. Faço nesse instante uma reverência ao mais sublime dos seres, o feminino, na nossa espécie, a mulher. Pois ela nos trás a esperança no seu bojo, o útero, trazendo para nós a criança, ainda feto, que tem em si todo o sentimento materno, lucificando a expectativa de um futuro melhor para todos nós, pois a criança é a esperança e a mãe é a fonte de amor e luz. By Rick Steindorfer - 04/04/2024 22:24