Querida da minha vida! Veja só o que eu lhe trouxe! Rosas vermelhas vindas de um jardim pra lá de florido bem próximo daqui! Eu as despojei com um sabor do gosto teu que dá gosto quando ce me ama; a de uma mulher apaixonada num amor desatinado! E observe que neste ramalhete tem uma que ainda não se abriu e sabe porque oh amada?
È que ela ainda não recebeu de ti o teu espirituoso sorriso bonito. Sorria amada, sorri! E... Agora sim! Aos poucos o perfumado botão vai se abrindo como aos poucos do teu sorriso que me vem vindo; és-me gentil! -Que lindo! Magnífico! Todas as doze rosas cheirosas já estão florescidas.
Pegue-as meu bem e coloque-as naquela nossa jarra de vidro do seu carinho... Aquela jarra transparente no qual as dozes rosas odoríferas conseguiremos as ver se embebendo da água pura, límpida. E estou tirando de dentro do bolso do meu casaco um pedaço de papel “rose” contendo uns versos que eu redigi daquele dia que dentro de mim eu tive você... Foi assim: [ “És minha florzinha, minha flor ímpar do meu jardim sem rosas, nem rosadas, nem rosinhas! À única que desse modo não nasceu, e sim, de face de fora do canteiro com as suas raízes no tapete verde de meu quarto e se abrindo em graciosas pétalas, se expelindo dos seus cheiros, seduzindo ao meu coração deixando o em anelo, dos teus cheiros os cravou no meu peito, instigando ao meu olfato, e te fiz no teu colo minha rainha por debaixo do meu travesseiro.” ] -Oh meu amado! Eu te amo!
