Flores do mal

Flores do mal


Não quis o teu amor
Você me foi ciumenta demais
Pois, no fundo dos teus olhos.
Todavia a morte feliz a me rasgar

Escondendo sempre na tua mão um punhal
Noutra, porém amostra, um ramo de flores.
Teu sorriso o tinha a de um anjo bom.
Sedutora e de palavras doces, mas no coração o demônio.

O teu amor era-me fatal!
Suas mãos cheiravam um misto de sangue e paixão
A todo o momento vigiando minha morte e me revelando flores do mal

O teu amor era insano, revirado, de muito "pano pra manga”.
Vestia-se feia, me dizendo que eu a não queria e que me tinha visto com muitas numa estação de trem. Inventando-me bocas que eu nunca beijei e meio que desvairada me afirmava
que eu a elas as beijava tão bem!

Numa manhã sem sol você me apareceu toda enciumada.
Trazendo na sua mão suas flores, noutra, agora não me esconde o punhal.
E ao abrir a tua boca você me vociferou espinhos
Espinhos esses que feriu ainda mais ao meu coração já partido

Baby! O teu amor era-me fatal!
Suas mãos cheiravam um misto de sangue e paixão
A todo o momento vigiando minha morte e me revelando flores do mal



Não a tenho mais ao meu lado, não ao teu amor marginal.
Hoje eu tenho um grande amor que nem feijão com arroz
Um amor só a dois, sem terror, feito vinho suave e o seu cálice.
Tenho paz, tive a cura; vivo noutro jardim - Vivemos em espírito, pão e água!

E te destinou a loucura do teu veneno!
Fiquei sabendo que vive perambulando apaixonada pelas ruas
Com suas flores do mal em punho e do teu punhal.
Uma viúva em tanta viuvez... A viúva-negra!


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Eu e o meu amor a quem eu amo!
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Claudemir Lima - 09/08/2009