Vale amar, sempre, seja como for
 
Nota. Hoje, 28 de dezembro de 2015, gravei este texto e postei a gravação no Áudio, com algumas considerações a mais. Se alguém tiver interesse em ouvir... Feliz 2016, amigos.

Texto introdutório, na gravação um pouco mais amplo do que o digo aqui, mas, essencialmente, de mesmo teor.

 
Amigos, em 20 de dezembro deste 2015 escrevi este texto como uma espécie de celebração da vida, como uma espécie de compensação por mortes ocorridas de poetas, no Recanto. Um pequeno texto que fala de amor, não do amor ágape, amplo, dirigido a todos; não do amor a ligar irmãos, ou pais a filhos e vice-versa: do amor que une dois seres, um ao outro. O mês de dezembro traria mais notícias dolorosas, a mais dura das quais a morte repentina de Brenda, sobrinha de uma amiga querida do Recanto, do face e da vida pessoal, Isabel Campos. A única notícia feliz é a da recuperação do meu querido primo William, marido de minha bem-amada prima Márcia, casal a quem ofereço este texto, bem como a Brenda, que partiu... Um texto sobre a premência e a necessidade de amar,seja como for... Seja como for... Desculpem uma certa melancolia na minha voz...Desculpem, não podia ser diferente. Que 2016 nos seja, a todos e a cada um, um Ano bom, muito melhor do que este ainda aqui 2015. Abraço grande, amigos.    
 
 

 
     Nem que seja para 'apenas' descobrir que a vida do outro nos importa, que nos importam seus rumos e seu destino vale amar... vale amar. O mais é sempre o imponderável: o amor, ou não, do outro por nós... O desejo, ou não, do  outro por nós... Os sonhos que o outro tenha, ou não, ao pensar em nós... O que quer que esteja dentro do ser do outro em relação a nós...
     Vale amar... Seja como for, ainda que apenas para que nos exista o sonho, vale amar... vale amar... É a mais funda maneira de nos sentirmos e de nos sabermos vivos... em um mundo cercado pela Morte por todos os lados... A mais funda... A mais funda sensação de se estar vivo...Com ou sem reciprocidade, que isso é coisa inteira só da escolha do outro, parte da sua inalienável - como a nossa e a de todos - liberdade.
      Vale amar... Sem amar, como diz o verso famoso de Pessoa:(...) "Embaixo a vida, metade de nada, morre". É assim. É assim: Vale amar, seja lá como for.






Estas rosas amarelas acabo de receber da minha e nossa bem-amada amiga Jeane. Eu as partilho aqui e agora, com quem venha ler este texto.