Olhos fitam o Poeta na imensidão da noite.
Quer conhecer esse Eu tão desconhecido
que vive num mundo também desconhecido.
Um olhar, música ao longe, essência de mirra.
O vento que tudo dissipa
balança as águas do mar.
A lua faceira parece caminhar nessas águas
e as deixa tão serena, cristalina, luminosa.
Me inebrio com que vejo.
Esse rosto!
A lua por testemunha emoldura o quadro
e sinto o abraço da saudade que
que acalma e aquece minha alma.
Nesse tempo de ausência
o Poeta louco sonhador
busca na tela da ilusão
hoje de suas memórias
um afago desse rosto
que não vem mais.
E assim .......com ar nublado
fecha os olhos e vê passar
o vento cor afogueada
que vem lá do arrebol.
Um Rosto No Quadro.