Tristes abrolhos

Que ouçamos o grito dos ancestrais
e que ecoem pungentes aos ouvidos
em nossos corações abismais
pelo nosso tempo perdido.

Que eles nos acordem agora
para que possamos caminhar
pois pode ser que haja hora
de um futuro feliz desfraldar.

São os gritos da vida que urram
os avisos dos espíritos inquietos
que aos nossos ouvidos sussurram
para que andemos por caminhos retos.

E se somos incapazes de ver
aquilo que explode-nos aos olhos
será então, preciso dores ter
para nos tirar destes tristes abrolhos.