Baila o verbo

Ando por onde me pede o coração

e meus olhos me levam.

Sofro pelo que sente a alma

com os bramidos do tempo

e assim sou meu verbo

e do mundo seu incenso

e, se destruo hoje,

amanhã reinvento

e a vida é-me bailado alegre,

uma festa sem fim

e, se outros alguns faço eu chorar,

outros tantos riem de mim

e sendo assim

sei que a vida presta e passa.