PERDÃO


Olhei pra ti, olhei teus olhos claros
e neles vi somente os anteparos
da tua alma simples de criança.
O olhar comum estaca;  não avança.

Ainda avesso a pensamentos raros,
diante da luz, adere aos ignaros;
aos que perderam toda confiança,
deixando a busca,  por saber que cansa!

O meu perdão revira a nossa sorte:
embora a ausência sempre se suporte,
és muito caro a mim,  presença amada.

Eu já não quero mais a madrugada,
por onde escorre o tal vazio e  adiante,
o meu perdão,  estendo neste instante.

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